Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
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- Ano: 2024
- ISBN: 9789895664504
- Número de páginas: 120
- Capa: Brochada
Sinopse
O Asilo de Cegos de Nossa Senhora da Esperança foi uma instituição de beneficência modelar, em Portugal. Fundado no ano de 1863, em Castelo de Vide, por João Diogo Juzarte de Sequeira Sameiro, proprietário, de ascendência nobre, bacharel em direito que legou, de forma perpétua, todos os seus bens à causa dos cegos, após ter enviuvado e adquirido a cegueira, falecendo no ano de 1865.
A instituição manteve o objectivo do seu fundador que era o de amparar, cuidar e proteger os cegos por cerca de trinta anos; porém, na viragem de oitocentos restruturou-se e destacou-se enquanto um laboratório pedagógico e de desenvolvimento de competências profissionais que contribuíram para que os cegos se tornassem cidadãos válidos, alfabetizados, conferindo-lhes autonomia. Os caminhos para a inclusão tomaram seu rumo progressivo e de forma irreversível; a sociedade de Castelo de Vide transformou-se, modernizou-se e uma vez mais saiu para o mundo.
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“Levai o cego à convicção de que pelo trabalho conseguirá mais do que uma esmola”
(Branco Rodrigues, in Jornal dos Cegos, 1901).
Desde o terceiro quartel do século XIX o Asilo de Cegos de Nossa Senhora da Esperança prestou à população cega, de Castelo de Vide e de outros concelhos, um apoio e uma valorização da acção em novos horizontes de modernidade, levando a cabo uma educação para a emancipação e a participação cívica. Transformou o espaço de acolhimento e de guarda numa escola de instrução primária e de formação pelas Artes e Ofícios, com destaque para os exercícios ginásticos, a música e as manufacturas, para as crianças, jovens e adultos cegos, edificando um novo paradigma de instrução e formação, orientados para a autonomia através da autossuficiência.
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