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Sinopse

Em carta de 2 de Novembro de 2000 é feito um convite a Nadir Afonso para uma entrevista. As questões a serem colocadas foram pensadas tendo em conta o pensamento estético de Nadir, incluindo a pertinência de algumas das perguntas que pretendiam assumir-se como síntese da teoria nadiriana. Essa entrevista, cujas perguntas escritas estavam anexas à referida carta, teria uma função à época relativamente incerta. Isto é, o objectivo da entrevista não estava rigorosamente predeterminado. Sem nenhum objectivo, em concreto, é certo, a opção acabou por ser a do registo em video, o que aconteceria catorze dias depois, em 16 de Novembro de 2000. A opção escrita teria muito naturalmente suscitado uma publicação autónoma, ou não, do autor, e com edição subsequente. A opção foi outra, mas mesmo assim acabou por tornar o exercício da entrevista muito mais rico, muito mais espontâneo, não só pela capacidade de improvisação de Nadir, como pela capacidade de se imprimir um rumo diferente ao que era suposto, tendo em conta a importância da voz que, com o entusiasmo de Nadir, emprestou consciência e certeza. Em consequência, em 16 de Novembro de 2000 foi realizada, finalmente, a entrevista a Nadir Afonso.

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Autor

António Quadros Ferreira

Professor emérito da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Académico correspondente da ANBA, Academia Nacional de Belas Artes. Nasceu em Aveiro (1950). Licenciou-se em Pintura (1971) pela Escola Superior de Belas Artes do Porto.

Obteve DEA, Diplome d’Études Approfondies (1980) e o doutoramento (1990) pelo Centre du XXéme Siècle da Université de Sophia Antipolis, em Nice, França, investigação orientada pelo Professor Michel Sanouillet (presidente da Associação Internacional para o Estudo de Dada e do Surrealismo). A investigação de doutoramento teve como assunto «Les relations artistiques entre le Portugal et la France (1910-1930). Réception de la Modernité chez Almada». Enquanto artista, realiza exposições, e enquanto investigador realiza estudos em torno de questões associados à investigação artística, as relações entre o pensar e o fazer (Fazer falar a pintura, pensar o fazer da pintura), as metodologias específicas de investigação em pintura, o ensino artístico em contexto de escola de arte, e a teoria e a história da pintura.

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