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Sinopse

Este é um trabalho realizado com base no acreditar que é importante dar voz às crianças e saber o que sabem, o que sentem e o que querem da escola, quais as suas representações da escola multicultural que frequentam. Parte-se do princípio de que a diversidade é um bem e uma realidade a ser trabalhada no sentido de uma convivência harmoniosa entre todos e não um problema a rejeitar ou a ignorar.

A Escola é, certamente, um local por excelência de inclusão das diversidades, porque de reconhecimento, não deixando de ser também um local de tensões culturais, com uma cultura própria e dominante. O Homem é considerado como um ser intercultural, sendo a cultura um processo dinâmico em que interagem diferentes valores, símbolos e representações, e criativo no modo como regula comportamentos.

Trata-se aqui de uma abordagem às realidades que estabelecem conexões, linhas de fuga, no sentido de não serem esquecidos todos os condicionalismos da pessoa, que, por o ser, não vive nenhum determinismo cultural ou social.

A autora acredita que as Representações Sociais não são imutáveis e que por isso podem modificar realidades e serem por estas modificadas e que a Educação é, antes de mais, relação, defesa da alteridade inclusiva pela diferença positiva, é uma prática baseada na dinâmica relacional na defesa dos direitos de cada um no processo de aprendizagem.

Este estudo, tal como outros, não é conclusivo, mas poder-se-á inferir que a criança apesar de possuir representações sociais por antecipação (a família e os amigos em relação à Escola), não deixa de as construir, autonomamente, através da sua própria vivência e relação com a Escola.

Através de uma abordagem aos documentos mais significativos da escola "Entre-Nós", às entrevistas exploratórias e ao questionário a autora fez uma análise numa perspectiva intercultural tendo por base os contributos teóricos da Sociologia, Antropologia, Filosofia, Psicossociologia e Educação Intercultural.

Para que a Escola se possa assumir como um espaço em que as descontinuidades, e até mesmo as rupturas culturais, sejam cada vez mais atenuadas, há que ter um conhecimento mais aprofundado e consistente da comunidade em que está inserida, das crianças que lhe dão sentido e que tipo de dinâmicas culturais e de comunicação são estabelecidas. Cada cultura poderá ser um ponto de partida e também um ponto de chegada face à mudança ou à cristalização dos comportamentos.

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Autor

Luísa Lobão Moniz

Luísa Lobão Moniz nasceu nos Açores, fez o Magistério Primário (1979), licenciou-se em Animação Sóciocultural (2000) com o trabalho “ A Escola e a promoção da leitura através das Bibliotecas”, fez o Mestrado em Relações Interculturais (2005) com defesa de dissertação intitulada “As Representações dos alunos sobre uma Escola Multicultural do 1º ciclo”. É doutoranda em Ciências da Educação, Educação Intercultural, na Universidade Aberta. Tem leccionado sempre em escolas com diversidades culturais significativas, assim como tem ocupado cargos de gestão no 1º ciclo. Foi coordenadora do T.E.I.P. em várias escolas de Chelas (96-2004), coordenou o Grupo Comunitário dos Bairros da Flamenga, Armador e Lóios (2001-2006), os Projectos Entreculturas, Ir à Escola (1996-2006), participou no Programa Escolhas. Fez parte do Conselho Pedagógico do Centro de Formação António Sérgio (1992-2006), fez várias comunicações nos Fóruns das Experiências Educativas, em Congressos nacionais e europeus. Tem publicado artigos no Jornal de Letras/ Jornal de Educação e tem-se dedicado também à tradução de livros. Preocupa-se, como professora, para além das questões didácticas/pedagógicas, com questões relacionadas com a Escola Inclusiva, os Problemas de Aprendizagem e de Inclusão social e escolar, a Interculturalidade, a Comunidade Educativa, a Violência social, familiar e escolar. Acredita que a Educação e a Cultura são o sustentáculo da democracia, da justiça e da liberdade.

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