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Sinopse

O romance Mistérios de Lisboa foi inicialmente publicado no diário portuense O Nacional a partir do seu número 52, de 4 de Março de 1853, tendo aparecido em livro em 1854. A obra teve um razoável êxito junto dos leitores. A terceira edição, sempre em três volumes, surgiu em 1861. Dois anos depois, Ernesto Biester adaptou o romance para teatro com o título A Penitência, tendo a peça sido levada ao palco do teatro D. Maria II.
Alexandre Cabral em Dicionário de Camilo Castelo Branco considera os Mistérios de Lisboa o “produto de uma imaginação truculenta e incontrolável”.
«Os enredos – múltiplos e diversificados – entrelaçam-se no conjunto dos 3 vols., sendo os seus protagonistas personagens estranhas que têm em comum a faculdade exótica de mudarem de nome com a mesma facilidade como quem muda de camisa. Assim, Pedro da Silva, conhecido por João, chamar-se-á também Álvaro de Oliveira; o «Come-Facas» usava os seguintes pseudónimos: Barba-Roixa, Leopoldo Saavedra, Tobias Navarro e Alberto Magalhães, e Sebastião de Melo faz-se passar pelo padre Dinis Ramalho e Sousa e duque de Cliton. Por outro lado, a vastidão do mundo (Portugal, França, Bélgica, Inglaterra, África, Japão e Brasil) é o cenário onde se desenrolam os conflitos ficcionais, marcados por vectores que perdurarão na novelística camiliana: a vingança, o anátema, o amor de mãe, a passionalidade, que se confunde com a ganância, a perversidade e a santidade. De permeio indícios vários de reminiscências biográficas do autor.»
Mais de 150 anos após a sua publicação original o livro “em que os pecadores podem ascender à virtude, e a virtude se conquista através de sofrimentos e lágrimas” é levado ao cinema pelo realizador Raúl Ruiz.

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Autor

Camilo Castelo Branco

Nasceu em 1825, em Lisboa, e faleceu em 1890, em S. Miguel de Seide (Famalicão). Com uma breve passagem pelo curso de Medicina, estreia- -se nas letras em 1845 e em 1851 publica o seu primeiro romance, Anátema. Em 1860, na sequência de um processo de adultério desencadeado pelo marido de Ana Plácido, com quem mantinha um relacionamento amoroso desde 1856, Camilo e Ana Plácido são presos, acabando absolvidos no ano seguinte por D. Pedro V. Entre 1862 e 1863, Camilo publica onze novelas e romances, atingindo uma notoriedade dificilmente igualável. Tornou-se o primeiro escritor profissional em Portugal, dotado de uma capacidade prodigiosa para efabular a partir da observação da sociedade, com inclinação para a intriga e análise passionais. Considerado o expoente do romantismo em Portugal, autor de obras centrais na história da literatura nacional, como Amor de Perdição, A Queda dum Anjo e Eusébio Macário, Camilo Castelo Branco, cego e impossibilitado de escrever, suicidou-se com um tiro de revólver a 1 de Junho de 1890.


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