UM CAPÍTULO ESPECIAL, O NATAL. DESCUBRA O NOSSO CATÁLOGO AQUI.

Partilhar

Metrónomo sem Função

Laura do Céu

Em stock online



Desconto: 10%
13,50 € 15,00 €
Wishlist Icon

Poderá gostar

Desconto: 10%
9,90 € 11,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
16,20 € 18,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
13,41 € 14,90 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
9,90 € 11,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
14,39 € 16,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
13,50 € 15,00 €
Wishlist Icon

Detalhes do Produto

Sinopse

Nesta sua estreia literária, Laura do Céu, pseudónimo de Soraia Simões de Andrade, procura uma linguagem ficcional a partir da autobiografia, entendida não como representação mimética de um percurso de vida da autora, mas como a ficcionalização da trajetória que a consciência subjetiva da narradora empreende em busca de compreensão do seu lugar no mundo.

Dois eixos me parecem igualmente determinantes e imbricados na estruturação desta narrativa: a reflexão sobre a dimensão proteica da perda, codificada nas perdas pessoais da narradora, na fabulação do corpo em perda e do confinamento hospitalar, e nos caminhos que essas perdas abrem em termos da autocompreensão e da afirmação do sujeito da escrita; e a coincidência desse processo de descoberta e afirmação pessoais com o lento despertar da consciência cívica e da liberdade criativa e do lazer numa jovem democracia na periferia da Europa. O episódio da professora Cassilda e de como ela deixa de “reguar” os seus alunos é talvez o melhor indício da importância deste registo, como o metrónomo, com a sua história anticolonial, é o objeto que melhor marca um tempo fora dos gonzos, as ressurgências palimpsésticas da moralidade patriarcal na confluência do mundo rural e da urbe provinciana. A unir estes dois eixos está o trabalho romanesco sobre o nome próprio, e que cimenta a dimensão autobiográfica ficcional desta narrativa: a autobiografia é sempre o relato da conquista de um nome. O nome é o “pior de todos” os epítetos dispensados pelos colegas de escola à pequena Zoraide, e “deixou de ser um problema” apenas no culminar de um ato de coragem em que ela se insurge contra o abuso físico e psicológico da professora sobre os alunos, um dos rostos serôdios do outro tempo, e assim afirma e institui a consciência de um novo direito.

O motivo da escrita como costura merece atenção especial: costura entre o vivido e o diário, e entre o diário e a sua distensão crítica na efabulação. Este é um motivo que conjura uma das figuras mais poderosas do livro, a da cicatriz que a mãe exibe à filha sempre que lhe ralha, como marca de que o nascimento é para esta narradora uma história sem remate anunciado.  

Ler mais

Autor

Laura do Céu

Simões de Andrade (n.1976, Coimbra) escritora e investigadora independente, não atreita a cliques.
Além de ensaios dispersos por volumes colectivos e revistas, publicou os livros Metrónomo sem Função (ORO), (S)em Terra (ORO), Saliva (Mariposa Azual), Mulher de Algas e Outra Míngua (AH! colecção ثريا), RAPublicar. A micro-história que fez História numa Lisboa adiada e Fixar o (in) visível. Os primeiros passos do RAP em Portugal (Editora Caleidoscópio).
Co-dirige o colectivo associação Mural Sonoro que fundou em 2014 com o objectivo de criar as suas propostas ou co-criar sem jugo de entidades cujas premissas não corrobore. Escreve e organiza com Fernando Ramalho a colecção de Cadernos AH! da associação Mural Sonoro.
Mestre e PhD em História Contemporânea; pós-graduada em Estudos de Música Popular (etnomusicologia) pela FCSH NOVA; a finalizar uma tese de doutoramento (bolseira FCT) entre textos, música, História das Ideias e Filosofia.
Foi distinguida com o Megafone - João Aguardela Música para Uma Nova Tradição SPA em 2014 e investigadora integrada, a convite da direcção, no Instituto de História Contemporânea de 2015 a 2020. Optou por se desvincular para se dedicar a este colectivo.
Escreveu e realizou o documentário A Guitarra de Coimbra para a RTP2; escreveu e foi performer, com João Diogo Zagalo (música), em Acúleo (CD edição AH!).
Colaborou com o Museu da Música de 2012 a 2016; o doutoramento Materialidades da Literatura/FLUC (Variações sobre António); e o musicólogo Bruno Madureira no encontro internacional Bandas e Músicas para Sopros (Antena 2, IHC, UC); fez trabalhos de revisão de texto para a Editora Caleidoscópio, a revista de Musicologia espanhola Estudios Bandísticos, outros. Dirigiu a Revista Mural Sonoro (Editora Caleidoscópio).


Ler mais