Framed as a letter from the Roman Emperor Hadrian to his successor, Marcus Aurelius, Marguerite Yourcenar's Memoirs of Hadrian is translated from the French by Grace Frick with an introduction by Paul Bailey in Penguin Modern Classics.
In her magnificent novel, Marguerite Yourcenor recreates the life and death of one of the great rulers of the ancient world. The Emperor Hadrian, aware his demise is imminent, writes a long valedictory letter to Marcus Aurelius, his future successor. The Emperor meditates on his past, describing his accession, military triumphs, love of poetry and music, and the philosophy that informed his powerful and far-flung rule. A work of superbly detailed research and sustained empathy, Memoirs of Hadrian captures the living spirit of the Emperor and of Ancient Rome.
Marguerite de Crayencour (1903-88), who went by the inexact anagrammatic pen name 'Marguarite Yourcenar', was a Belgian-born French novelist and essayist, the first woman to be elected to the Academie francaise. Her first novel Alexis was published in 1929; in 1939 she was invited to America by her lover Grace Frick, where she lectured in comparative literature at Sarah Lawrence College in New York. When Memoires d'Hadrien was first published in 1951, it was an immediate success and met with great critical acclaim.
If you enjoyed Memoirs of Hadrian, you might like Robert Graves's I, Claudius, also available in Penguin Modern Classics.
'A timeless masterpiece ... every page is informed by her profound scholarship'
Paul Bailey, author of Gabriel's Lament
'Yourcenar conjures worlds. She can make us share passion - for beauty, bodies, ideas, even power - and consider it closely at the same time. She is that most extraordinary thing: a sensual thinker'
Independent on Sunday
Ler mais
Marguerite Yourcenar
Marguerite Yourcenar (quase um anagrama do seu apelido verdadeiro, Crayencour) nasceu a 8 de Junho de 1903 em Bruxelas. Escreveu romances como Memórias de Adriano e A Obra ao Negro, e várias novelas. Publicou poesia e traduziu Virginia Woolf, Kavafis, Henry James e espirituais negros. Foi ainda ensaísta e crítica.
Primeira mulher eleita para a Academia Francesa, em 1980, afirmou não conceder importância a tal distinção.
A sua infância foi invulgar. A mãe morreu quando ela tinha dez dias, sendo educada pela rígida avó paterna e pelo pai, ligado à aristocracia, um viajante inconformista que desempenhou um papel de relevo na sua formação pessoal e literária.
Marguerite Yourcenar passava os Invernos em Lille e os Verões, até aos 11 anos, na propriedade familiar em Mont Noir. Estudou em casa e o seu pouco memorável livro de poemas, Le Jardin des chimères, saiu em edição de autor quando tinha 18 anos.
Acompanhou o pai em viagens a Londres, durante a Primeira Guerra Mundial, à Suíça e a Itália, onde descobriram a Villa Adriana.
Em 1929 publicou o seu primeiro romance com um título de influência gideana, Alexis ou Tratado do Vão Combate, que é, com Fogos e O Golpe de Misericórdia, um dos seus raros textos que abordam temas da actualidade.
Depois da morte do pai, em 1929, Yourcenar decidiu gastar a herança numa vida de boémia, passada entre Paris, Lausanne, Atenas, as ilhas gregas, Constantinopla, o Cáucaso e Bruxelas.
Teve relações amorosas com algumas mulheres e apaixonou-se por um homossexual, André Fraigneau, escritor e editor da Grasset.
Foi nesse período que saíram os Contos Orientais, o fragmentário Fogos e a novela O Golpe de Misericórdia, baseada numa história que lhe foi contada por familiares dos protagonistas e que se desenrola durante a guerra polaco-soviética de 1920.
Em 1939, o seu conhecimento da Alemanha nazi e a falta de recursos levaram-na a partir para os EUA, juntando-se a Grace Frick, sua companheira havia dois anos e com quem viveu até à morte desta, em 1979. Yourcenar tornou-se cidadã americana em 1947, tendo ensinado Literatura e História da Arte.
A partir de 1950, instalou-se com Grace na ilha de Montes Desertos, designando a sua casa em madeira por Petite Plaisance.
O que lhe permitiu deixar a sua actividade docente foi o êxito internacional de Memórias de Adriano (1951).
Durante o período que viveu em Northeast Harbor, na ilha de Montes Desertos, Yourcenar realizou diversas viagens, algumas longas, com o seu último secretário, Jerry Wilson (em meados dos anos 60 visitara Lisboa, Sintra, Évora e a Madeira).
Marguerite Yourcenar gostava de ser ao mesmo tempo reconhecida e quase inacessível. Era reservada e altiva, uma alma ardente e um pensamento exacto, com uma escrita capaz de iluminar a tragédia sem lhe dissipar por completo as sombras. Dominava o grego, que aprendeu com o pai, e o latim. Eram-lhe familiares muitos textos antigos.
A sua obra percorre variados registos, desde o inicial romance realista às obras passadas na Antiguidade ou no Renascimento, inscrevendo-se deliberadamente à margem das correntes dominantes, num estilo clássico que se demorava na sageza dos pensamentos. A filosofia greco-latina e os pensadores renascentistas influenciaram muito do que escreveu.
Faleceu a 17 de Dezembro de 1987. Está enterrada no Cemitério de Brookside, em Somerville, no Maine.
Ler mais