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Manual de Instruções para a Morte

Séneca

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Sinopse

«Pergunto-te: o que pensas ser a atitude mais equilibrada: obedeceres tu à natureza, ou tentares que a natureza te obedeça a ti? Que te importa o quão depressa partes de um sítio de onde necessariamente terás de partir? Não nos devemos preocupar em viver muito, mas sim o suficiente. Pois para viveres muito, dependerás do destino, para viveres o suficiente, precisarás apenas da tua alma. Uma vida é longa se for vivida plenamente. Uma vida plena é aquela em que a alma toma posse do bem que lhe é próprio, e reclama a si todo o domínio sobre si mesma. Que vantagem haverá em alguém viver oitenta anos, se os viver numa total inacção? Essa pessoa não viveu: apenas se demorou na vida; de igual forma, não morreu tarde, apenas foi morrendo durante muito tempo.»

Selecção de textos, introdução e edição de James S. Romm

Tradução de Pedro Braga Falcão

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Autor

Séneca

Falar de Séneca (c. 4 a. C. - 65 d. C.) é falar de um dos nomes maiores da cultura ocidental. Nascido em Córdova, na Hispânia, foi em Roma que se afirmou como advogado e político, filósofo e dramaturgo. A sua relação muito próxima ao poder - enquanto preceptor e conselheiro de Nero - fê-lo passar da ventura à desgraça: se durante algum tempo exerceu uma influência preponderante ao leme do Império, nos últimos anos da sua vida perdeu toda a autoridade e, arrolado na conjuração de Pisão, suicidou-se por ordem de Nero, com uma serenidade e uma dignidade que Tácito não deixa de sublinhar. Figura cimeira do estoicismo romano ou imperial, privilegiou as reflexões sobre a ética e, dentro desta, a meditatio mortis (preparação para a morte). A sua obra, muito ampla e variada, em prosa e em verso, conta com inúmeras obras filosóficas (Diálogos, Da Clemência, Dos Benefícios, Questões Naturais, Epístolas Morais a Lucílio), um panfleto político (A Metamorfose em Abóbora do Divino Cláudio) e dez tragédias (Édipo, Fenícias, Agamémnon, Troianas, Medeia, Tiestes, Fedra, Hércules Enlouquecido, Hércules no Eta e Octávia), as únicas que, de todo o teatro romano, se conservaram na íntegra e chegaram a gozar de mais popularidade do que as gregas, tendo sido muito apreciadas por renascentistas e barrocos.

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