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Sinopse

"Entre Março de 1880 e Janeiro de 1883, Rafael Bordalo Pinheiro, o observador crítico e irreverente da realidade política e social do seu tempo, deu à estampa umas folhas constituídas por caricatura e texto, intituladas Álbum das Glórias. Ao fim de quase uma década, entre Março e Abril de 1902, retomaria a iniciativa publicando mais três folhas. Pelo meio, em 1885, surgiriam mais três caricaturas, integradas no jornal O António Maria. Nas suas múltiplas e brilhantes aventuras editoriais, fundando e dirigindo jornais humorísticos e polémicos, Bordalo teve sempre colaboradores literários, sendo certo que nunca se contentou senão com os melhores. Os autores dos textos que integram o Álbum não fogem a esta regra.“ O Álbum das Glórias constitui a prova concludente de que o direito à sátira e ao humor cáustico, superando qualquer constrangimento político ou teia censória, era uma realidade na produção artística e no panorama global do pensamento e da cultura portuguesa no último terço do século XIX, caracterizada por um fresco traço de liberdade a unir texto e imagem no seio do discurso literário. (…) Trata-se de um livro singular, portanto. Um livro que não perdeu nem actualidade nem frescura e, muito menos, o humor certeiro.” Vítor Serrão"


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Autor

Rafael Bordalo Pinheiro

Rafael Bordalo Pinheiro foi uma figura marcante da cultura portuguesa da segunda metade do século XIX. Nascido em Lisboa em 1846 e irmão do pintor Columbano Bordalo Pinheiro, também ele seguiu a tradição familiar de uma vida dedicada às artes. Empreendedor e multifacetado, trilhou um percurso muito próprio, dedicando-se às artes gráficas, artes plásticas, cerâmica, desenho de objetos e decoração, produzindo uma vasta obra que reflete quase sempre de forma crítica o quotidiano cultural, político e social da época em que viveu. Num tempo histórico em que o fontismo, promovendo o desenvolvimento tecnológico e industrial, imprimiu uma nova dinâmica nos diversos setores da sociedade, Bordalo Pinheiro foi também ele inovador, desenvolvendo o desenho humorístico e o cartoon como expressão artística. Integrando o círculo de intelectuais e artistas que definiram a Geração de 70, privou com personalidades dos diversos setores de influência da sociedade oitocentista, incluindo a própria Corte. Através da sua obra, conseguiu mostrar um retrato fidedigno da sociedade de então. Consciente do poder e da força da imprensa, fundou diversos periódicos, utilizando a caricatura como veículo para a defesa dos seus ideais. Morreu em Lisboa em 1905.

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