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Sinopse
No contexto da obra heterogénea de José de Guimarães, a pintura emerge como o principal
continente, o território de onde tudo parte e aonde tudo chega. Trata-se de uma produção
imensa, plural nos formatos e suportes, marcada pelas diversas incursões que o artista tem
feito pelas mais distantes regiões do mundo. Uma produção porosa, aberta à experimentação,
em que se pode discernir com nitidez as diferentes conquistas, as influências, os
processos de maturação, a reinvenção formal, a proliferação dos materiais, a construção de
um imaginário povoado de bestiários e marcado pela sucessão de diferentes alfabetos
ideográficos. [
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A exposição dá particular destaque ao período angolano, um dos mais estimulantes de todo o
percurso de JG, reunindo um conjunto de trabalhos produzidos entre 1967 e 1974 que remetem
para uma prática expandida da pintura, em termos de suportes, técnicas e materiais, mas
sobretudo pelo seu forte pendor experimental e crítico, operando, então, uma inédita e
idiossincrática síntese entre a arte pop europeia e os signos que aprendia no seu contacto
com a cultura africana. [
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Com mais uma exposição monotemática dedicada ao trabalho de José de Guimarães, o CIAJG
prossegue uma das linhas da sua missão: revisitar, reler e reapresentar a obra de um autor
central do panorama artístico em Portugal, a partir do significativo espólio reunido nas
suas reservas. [Nuno Faria]