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Sinopse
A imobilidade do quadro permanecia:
A nudez da mulher reencontrada
Depois de tantas buscas nos sonhos e na realidade,
Os hiatos entre nuvens, espaços infindáveis
E tantos outros acontecimentos que ficaram
Depois de todas as conversas que trocáramos.
Entre as últimas pétalas,
Corria o mesmo fio da memória
Com o qual, noutro tempo, tentáramos ligar,
Numa única aventura,
O inabalável esforço
Para colmatar o vazio incontornável
Em que se fora transformando a nossa vida.
E havia também um mundo inteiro
De pequenos objetos,
Testemunhos de todas as emoções
Vividas em comum para se destroçarem a seguir,
Desaparecidas, uma ali outra acolá,
Na imensidão do afeto que tivemos
Mesmo aqui, aqui ao lado
Da imobilidade acontecida
Num outro quadro parecido,
Mas não o mesmo…
E em cada recordação
Dos instantâneos, dos imóveis momentos que vivemos
E perdemos…