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Sinopse

«Um livro português de irradiação talvez só comparável à que Os Lusíadas conheceram, guardadas as devidas proporções do género, grandeza e lugar, na essência da nação, como vade-mécum dos seus filhos.» VITORINO NEMÉSIO
Obra paradigmática do Romantismo português e poema épico em prosa, Eurico, o Presbítero, é a obra magistral de Alexandre Herculano. Introdutor do romance histórico consagrado por Walter Scott, Herculano narra a triste história de amor de Hermengarda e de Eurico.
Na Espanha visigótica do século VIII, Eurico, que outrora reprimira rebeliões na Cantábria, entrega-se ao sacerdócio por não poder desposar Hermengarda.
Por fim, quando vê a sua pátria ameaçada, Eurico converte-se no valoroso e enigmático Cavaleiro Negro, conquistando a admiração dos Visigodos.
A presente edição integral, comemorativa dos duzentos anos do nascimento do autor, conta com uma nota biográfica, uma panorâmica geral da obra do autor e uma análise de Eurico na produção literária de Alexandre Herculano. Inclui ainda apreciações críticas de Oliveira Martins e de Moniz Barreto.

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Autor

Alexandre Herculano

Poeta, romancista, historiador, ensaísta e político, Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu a 28 de março de 1810, em Lisboa, e morreu a 13 de setembro de 1877, em Santarém. A sua obra, em toda a extensão e diversidade, ostenta uma profunda coerência, obedecendo a um programa romântico-liberal que norteou não apenas o seu trabalho mas também a sua vida.

Nascido numa família modesta, estudou Humanidades, mas foi impedido de frequentar a Universidade. Por esta altura, com 18 anos, já se manifestava a sua vocação literária: aprendeu o francês e o alemão, fez leituras de românticos estrangeiros e iniciou-se nas tertúlias literárias da marquesa de Alorna, que viria a reconhecer como uma das suas mentoras. Em 1831, envolvido numa conspiração contra o regime miguelista, foi obrigado a exilar-se, primeiro em Inglaterra (Plymouth) e depois em França (Rennes).

No exílio, aperfeiçoou o estudo da história, com a leitura dos que viriam a ser os seus modelos literários: Chateaubriand, Lamennais, Klopstock e Walter Scott. De volta a Portugal, dirigiu a mais importante revista literária do Romantismo português, O Panorama, para a qual contribuiria com diversos artigos, narrativas e traduções, nem sempre assinados. Foi diretor da Biblioteca Real da Ajuda e das Necessidades, prosseguindo os seus trabalhos de investigação histórica, que viriam a concretizar-se nos quatro volumes da História de Portugal.

A par do seu envolvimento na política, foi ainda fundador dos jornais O País e O Português. Foi nomeado sócio efetivo da Academia Real das Ciências, em 1852, onde iniciou uma recolha de documentos históricos anteriores ao século XV – tarefa que viria a traduzir-se na publicação dos Portugaliae Monumenta Historica, iniciada em 1856. Neste mesmo ano tornou-se um dos fundadores do Partido Regenerador Histórico.

Em 1867, desiludido com a vida pública, retirou-se para a sua quinta em Vale de Lobos, onde se dedicaria quase exclusivamente à vida rural, casando com D. Maria Hermínia Meira, sua namorada da juventude. Apesar deste novo e voluntário exílio, continuou a trabalhar nos Portugaliae Monumenta Historica, interveio em 1871 contra o encerramento das Conferências do Casino, orientou em 1872 a publicação do primeiro volume dos Opúsculos e manteve correspondência com várias figuras da vida política e literária. Morreu de pneumonia aos 67 anos, originando manifestações nacionais de luto.

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