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Sinopse

O padre desajustado. Os episódios narrados levam-nos aos anos de 60−70 do século passado. Um interior pobre, cheio de crendices, com abundantes referências a uma emigração que esvaziou aldeias de homens na idade de trabalhar e levam-nos ainda a essa população, em França, aí imigrantes, com vida difícil, no Bidonville de Champigny e por outros bairros.

O desajustado padre denuncia um jornalismo mendicante de entrevistas: “andaram por cá uns senhores muito importantes…. À volta desses senhores não faltavam jornalistas nervosos e ansiosos a querer saber o que esses senhores traziam. Sempre a eles colados a pedir uma entrevista, uma palavra, um simples sorriso que fosse”.

A Troika: “défice elevado, contas desajustadas, desarrumadas, escondidas e escangalhadas. Também roubadas…. Muitos gastos com a saúde, com a educação, com as pensões dos reformados e aposentados, tudo muito desajustado. Tudo a precisar de um forte apertão, para tudo ficar bem ajustado.”

O comportamento desajustado manifesta-se no conflito das tradições com os ventos da mudança da Igreja Católica na sequência do Concílio Vaticano II. Mudanças ao gosto do Papa Francisco que queria “uma Igreja pobre para os pobres”. Também do Papa João XXIII, do diálogo, que tanto perturbou os poderes estabelecidos.

Atitude desajustada quando deu a volta ao sermão de promessa ao Senhor dos Aflitos, na capela de Refóios, que passou a ser das aflições do Senhor e essas aflições são: as guerras com mortes e com muitos inválidos para o resto da vida, as enormes despesas com armas, despesas que estariam melhor na educação e na saúde, são os refugiados das guerras, das perseguições e da fome, e são os meses sem salário, as aflições dos desempregados, porque são essas as aflições dos que sofrem.

O desajustamento que percorre as páginas do livro é a clara opção pela Igreja dos pobres, dos explorados, dos desprotegidos, dos vencidos, sempre presentes nas Estórias.

O desajustamento com a ditadura salazarenta.

Os comportamentos desajustados chegaram ao risco, como foi o de ir a Fátima distribuir comunicados contra a guerra colonial, assunto sagrado para o regime.

A nula importância pelos exorcismos, pelas crenças em diabos, muito presentes nas práticas de uma Igreja tradicional, que o padre como que se divertia com esses assuntos.

Ainda a Teologia da Libertação em confronto com a Teologia da Submissão, serviu para mais desajustamentos.

Mas os desajustamentos tão vincados não passavam indiferentes ao “Outro”.

O Outro era o mesmo desajustado, mas esse consciente dos perigos.

Foi em bom entendimento com o Outro, que existia em si, que o desajustado padre parte para outra vida.


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Autor

Manuel Miranda

A guerra civil de Espanha tinha acabado em 1939.

Mas na Europa, em 1939, tinha começado a Segunda Guerra Mundial.

O maior conflito da história da humanidade… Até ver!...

A Alemanha era governada por Adolf Hitler.

Carregava ódio aos judeus, aos excluídos, aos deficientes, a todos que não fossem da sua raça.

Entre os anos de 1941 a 1944, o regime nazi deportou milhões de judeus e de pessoas com deficiências, enviando-os para os campos de extermínio.

Estima-se que 70 a 100 mil “cidadãos com deficiência” tenham sido assassinados em menos de dois anos.

A 9 de março de 1941, o bispo de Berlim denunciou “mortes de deficientes”.

A 3 de agosto de 1941, o bispo de Münster denunciou o assassinato de cidadãos com “deficiências físicas e mentais”.

Holocausto!...

Foi neste contexto que em 1941 nasceu o autor deste livro, professor aposentado, o quinto de nove irmãos de um casal que vivia de uma agricultura de subsistência, numa pequena freguesia do norte.

O que se comia vinha do trabalho diário de uma agricultura de subsistência, cultivava-se milho, o pão de cada dia. Umas pequenas leiras trabalhadas com instrumentos artesanais.

No trabalho das colheitas, os vizinhos ajudavam, solidários. Havia um trabalhador de profissão, jornaleiro, pago à jorna.

Não havia produção de lixo. Tudo era aproveitado. Não se sabia o que era isso de poluição.

Recorda o racionamento por causa da guerra. Havia senhas para os alimentos.

A escola para rapazes e para raparigas, na mesma sala as quatro classes, com a professora Fernanda Soucaseau, foi levado a exame da quarta classe a uma escola em Barcelos, sede de Concelho, três dias de viagem de comboio.

Quarta classe feita, o quinto filho foi o primeiro a deixar a casa.

Entrou no seminário.

Para estudar era o seminário. Escola oficial mais perto era em Viana do Castelo.

Livros publicados:

− Tiagolas e outras estórias

− Autonomia para a inclusão - A importância da educação

− Fisgadas pela inclusão

− Loucos ou excluídos? − Por onde passam as fronteiras que os distingue?

Livros que abordam as questões da Deficiência Intelectual/Mental são recorrentes nas suas intervenções e em crónicas nos jornais.

                                             

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