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À Espera da Subida das Águas

Maryse Condé

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Sinopse

Uma história sobre a reconstrução do mundo.

Babakar Traoré estudou no Canadá, é médico e vive sozinho em Guadalupe, onde estão as origens da sua família materna – mas também a sua solidão, os seus fantasmas, bem como a recordação de uma infância africana, de uma mãe de olhos azuis que vem visitá-lo em sonhos, de um antigo amor, Azélia, também desaparecida, e de outras ilusões juvenis antes do seu exílio e da idade adulta.

Quando, a meio de uma noite de temporal, é chamado para assistir um parto, Babakar não sabe que a sua vida está prestes a mudar por causa dessa criança que vai nascer; a mãe, Reinette, uma refugiada haitiana, morre ao dar à luz – e a pequena Anaïs fica a seu cargo.

O desejo de Reinette era que a filha fosse criada no Haiti, e Babakar muda-se para a ilha, à procura de quem pudesse ensinar a Anaïs de onde ela vem. Através da história dessa dupla improvável, Babakar e Anaïs, dos amigos Movar e Fouad, que os acompanham, e dos que foram encontrando naquela ilha martirizada por violência, governos corruptos e gangues rebeldes, mas tão bela e fascinante, irá reconstruir-se um novo mapa ligado pelos danos do colonialismo, bem como as raízes do amor, da amizade, da comunhão com os outros – e o lugar de cada um no Mundo.

«Condé expõe os segredos e as histórias de um elenco fascinante, falando das feridas que surgem e perduram quando as pessoas perdem o que tem mais significado para elas – seja a sua família, os amigos ou o país. Este retrato fiel da dor e do deslocamento é difícil de esquecer.»

Publishers Weekly

«Uma carta de amor às Caraíbas.»

The Guardian

«Maryse Condé é um tesouro da literatura mundial, escrevendo do centro da diáspora africana com uma profunda compreensão de toda a humanidade.»

Russell Banks

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Autor

Maryse Condé

Maryse Condé nasceu em Pointe-à-Pitre, Guadalupe, nas Antilhas Francesas, a 11 de Fevereiro de 1934. Os seus pais foram dos primeiros professores negros da ilha, tendo o pai fundado mais tarde uma cooperativa de crédito. Maryse foi a sua oitava, e tardia, filha. Quando completou dezasseis anos, enviaram-na para estudar em Paris.

Em 1958, Maryse Condé casou-se com o actor guineense Mamadou Condé, e deu início a um périplo de doze anos por vários países da África Ocidental — Costa do Marfim, Guiné, Gana, Senegal —, onde deu aulas de francês e trabalhou como tradutora. A sua passagem por estes países aconteceu num período de grande turbulência política, e ela teve oportunidade de privar com figuras como Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Malcolm X e Ernesto Che Guevara. Foi no Senegal que conheceu Richard Philcox, professor inglês, que viria a ser o seu segundo marido.

De regresso a Paris, Condé leccionou Literatura Francesa em Jussieu, Nanterre, e na Sorbonne. Foi nesta universidade que concluiu o doutoramento em Literatura Comparada, em 1975, com uma tese sobre a construção de personagens negras estereotipadas na literatura caribenha.

Foi nos anos 70 que Condé começou a escrever, primeiro peças de teatro, que estiveram em cena em Paris e nas Antilhas, e em 1976 surge o primeiro romance, Hérémakhonon. Neste estabelece aqueles que serão os fios condutores de toda a sua obra literária: a escravatura, a influência do colonialismo na cultura e na história das Antilhas, as raízes africanas, a condição feminina e a condição do negro no mundo.

Publicou dezenas de livros, entre peças de teatro, livros infantis, ensaios políticos e literários, mas dedicou-se maioritariamente aos romances, de que se destacam Ségou, em dois volumes (1984-1985), Eu, Tituba, Bruxa... Negra de Salem (1986), Desirada (1997) e Le Cœur à rire et à pleurer (1999). E é igualmente extensa a lista de prémios: Grande Prémio Literário Feminino, Liberatur, Métis... Em 2018, ganhou o Novo Prémio da Academia, prémio alternativo ao Nobel instituído pela academia num ano de polémicas.

Em 1986, e após uma ausência de trinta anos, Condé regressou à sua terra natal, começando a dividir o seu tempo entre Guadalupe e os Estados Unidos, onde leccionou em diversas universidades — Califórnia, Virgínia, Maryland, Harvard e Columbia. Retirou-se recentemente para Gordes, no Sul de França, onde vive na companhia do seu marido.


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