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Sinopse

Este livro documenta a exposição «Espelho/Mirror», de Rui Sanches, que teve lugar em Lisboa, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional entre 29 de Setembro de 2019 e 12 de Janeiro de 2020, com curadoria de Delfim Sardo, e no Museu Coleção Berardo entre 10 de Outubro de 2019 e 12 de Janeiro de 2020, com curadoria de Sara Antónia Matos. 

A obra de Rui Sanches tem vindo a desenvolver-se, ao longo dos últimos 35 anos (a sua primeira exposição individual em Portugal teve lugar em 1984), como uma extensa reflexão em torno de três questões fundamentais: a relação da criação moderna e contemporânea com a história e as diferentes linhagens que se foram definindo, a possibilidade de tematizar a questão do ponto de vista (do espectador e dos que a obra em si mesma propõe) — quer em termos físico-percetivos, quer em termos representacionais — e a questão da relação da arte com o mundo, seja por processos de ressignificação, de relação com o contexto, de citação ou paráfrase ou pelo léxico material utilizado. [Delfim Sardo] 

Cada desenho fixa momentos ou estados, não tanto sobre a figura ou os objectos, antes sobre as suas qualidades líquidas, os movimentos e as vibrações que antecedem a forma. Na obra de Rui Sanches, o desenho parece sair da folha de papel, extravasando as suas margens, para lá dele, como se se estendesse pelo espaço. Assim, em certas circunstâncias, o desenho parece poder ser atravessado pelo espectador: este, não tendo base firme (referências de escala, perspectivas) onde assentar os pés, pode aproximar-se ou afastar-se daquele, afundar-se na janela que abre para o lado de lá ou ficar deste lado e vê-lo à distância. [Sara Antónia Matos] 

Os trabalhos produzidos por Rui Sanches nos últimos dois anos, Os espaços em volta, sugerem que os espaços, como vórtices em água turbulenta ou portais cósmicos (wormholes), se abrem por toda a parte em nosso redor. Dois destes trabalhos, os de maior dimensão, contêm mesmo portas, apesar de a entrada permanecer no domínio do imaginário, não no do possível — o que, aliás, faz todo o sentido, pois se de facto entrássemos, muito provavelmente desapareceríamos. [Richard Deacon]

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Autor

Rui Sanches

Nasce em Lisboa em 1954. Depois de terminar os estudos liceais começa a frequentar a Faculdade de Medicina de Lisboa.

Em 1974 abandona o terceiro ano do curso de Medicina para ingressar no Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual, onde frequenta a Formação Básica. Devido à instabilidade do período revolucionário que então se vivia no País, o curso no Ar.Co não tinha condições de continuidade. No fim do verão de 1975, a convite do Arq. Pedro Vieira de Almeida, seu professor no ano anterior, vai para Bragança, Trás-os-Montes, trabalhar no GAT (Gabinete de Apoio Técnico) local.

No Outono de 1976 volta ao Ar.Co, inscrevendo-se nos ateliers de desenho e pintura, na altura dirigidos respetivamente por Manuel Costa Cabral e João Hogan. Incentivado por Robin Fior, então professor de design no Ar.Co, vai a Londres contactar com várias pessoas e explorar a possibilidade de ir estudar para aquela cidade. Em maio de 1977 é aceite no primeiro ano do B.A. (Bachelor of Arts) no Goldsmiths' College. Parte para Londres em setembro do mesmo ano.

Durante os três anos de formação em Londres, num sistema de ensino centrado no trabalho de atelier, passa por diversas experiências, que corresponderam à descoberta da arte contemporânea, de que em Portugal tinha apenas ecos longínquos. Deixa de pintar e passa, durante esse tempo de experimentação, por meios e linguagens diversas. A partir de meados de 1979 começa a realizar instalações que materializam o seu interesse por questões como o tempo, o processo, a história. Frequenta com grande assiduidade os museus da cidade, nomeadamente a National Gallery of Art. No Goldsmiths' College contacta com diversos artistas e historiadores que tiveram importância na sua formação, nomeadamente: Michael Craig-Martin, Yehuda Safran, Richard Wentworth, Tony Cárter e Sarat Maraj.

A convite de Pedro Cabrita Reis, que conhece numa passagem por Lisboa, colabora com a revista Arte-Opinião publicada pela associação de estudantes da ESBAL. Envia uma série de "Cartas de Londres" onde dá conta das principais exposições que pode ver naquela cidade.

Devido ao seu interesse crescente pela arte americana, concorre ao MFA (Marter of Fine Arts) da Universidade de Yale, onde é aceite. Parte para os Estados Unidos em agosto de 1980, com uma bolsa de estudos da Fundação C. Gulbenkian. O ambiente da universidade é particularmente estimulante; não só pelas boas condições de trabalho como pelo contacto que permite entre os vários departamentos da escola de arte (pintura, escultura, arquitetura, design, etc), e entre estes e as outras escolas da universidade. A proximidade de Nova Iorque permite-lhe seguir o que de mais importante se passa nos museus e galerias da cidade. Durante estes dois anos o seu trabalho centra-se, de forma mais clara, sobre a escultura, e começa a utilizar a madeira e os seus derivados como principal material de construção. A figura do artista convidado, central para o sistema de ensino praticado nas escolas de arte americanas, permite-lhe contactar com artistas como Donald judd, Vito Aconcci, George Trakas e Barry le Va. Na exposição de finalistas apresenta uma escultura baseada numa obra de Nicholas Poussin: A Sagrada Família nos degraus.

Regressa a Lisboa em junho de 1982. No ano letivo 1982-83 começa a dar aulas no Ar.Co. Durante esse ano ensina também no IADE, como assistente de Espiga Pinto. Começa a trabalhar usando como atelier a cave da casa dos seus pais. Colabora na revista Destaque onde tem uma coluna sobre artes plásticas. Em 1983 expõe pela primeira vez em Lisboa, no Ar.Co, numa exposição de trabalhos dos professores do departamento de desenho.

Realiza a primeira exposição individual, em maio de 1984, na Galeria de Arte Moderna da SNBA – "janelas, mapas, espelhos", desenhos. Conhece Pedro Calapez, que lhe propõe fazer uma exposição na Cooperativa Diferença. O projeto foi aceite pela direção da cooperativa e em outubro desse ano realiza "Et in Arcádia Ego, etc.", exposição composta por seis esculturas e relevos.

Junta-se a Ana Léon, José Pedro Croft, Pedro Calapez, Pedro Cabrita Reis e Rosa Carvalho na preparação da exposição 'Arquipélago", que terá lugar no Outono de 1985 no salão da SNBA.

Em 1986 vende pela primeira vez uma escultura: a Secretaria de Estado da Cultura adquire "Natureza Morta l", uma das peças que tinham sido expostas na Diferença.

A convite do Arq. Sommer Ribeiro participa na exposição "Lê XXème au Portugal", que tem lugar em Bruxelas. No fim de 1986 começa a trabalhar com a Galeria EMI-Valentim de Carvalho.

Em junho de 1986, a convite de Manuel Reis, faz a decoração do "Frágil", bar pioneiro do Bairro Alto, que, durante os anos oitenta, foi ponto de encontro das pessoas ligadas às artes. Com Manuel Castro Caldas está ligado ao começo da coleção da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, de que foi consultor durante três anos. No verão de 1986 recebe um prémio de aquisição na Bienal de Vila Nova de Cerveira.

Selecionado por José Sommer Ribeiro, integra a representação portuguesa à 19.ª Bienal de São Paulo, que tem lugar em outubro de 1987. Participam também Teresa Magalhães, Joaquim Bravo, Pedro Calapez e José Pedro Croft. Realiza uma exposição individual na Galeria Diferença, intitulada "Preto e branco". Passa a ter atelier na Made-ln, em Alenquer, fábrica de processamento de pedra comprada por Cristina Ataíde, José Pedro Croft, António Campos Rosado e João Taborda.

É convidado a participar na exposição "Prémio jovem escultura Unicer", que tem lugar em 1988, na Fundação de Serralves, onde lhe é atribuído o primeiro prémio. Em maio de 1989 expõe a série de desenhos "A Marat" na Loja de Desenho. No fim desse ano deixa de trabalhar com a Galeria EMI-Valentim de Carvalho.

Em 1990 começa a trabalhar com a Galeria Atlântica, no Porto, onde expõe "Alguns santos mártires e uma figura pouco católica". Expõe "Santos e fragmentos" na Loja de Desenho. Realiza um projeto para a revista Artforum que é publicado no número de fevereiro de 1990. A convite de Jorge Castanho expõe, simultaneamente com Pedro Calapez, no Convento de S. Francisco em Beja. A sua instalação, intitulada "Capela dos Túmulos", ocupa a pequena capela gótica do Convento. Executa o desenho para um tapete, editado numa série limitada, pela loja Domo [fig.16]. Deixa de trabalhar na Made-ln e começa a usar como atelier uma parte de um armazém na zona de Xabregas.

Em janeiro de 1991 realiza a exposição "Desenhos" no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, que inclui uma seleção de desenhos realizados entre 1982 e 1990. Expõe em Roma, na Galleria Stefania Miscetti, um grupo de esculturas e desenhos. Começa a trabalhar com a Galeria Cómicos, onde expõe pela primeira vez no fim de 1991. Realiza uma peça, 'Anunciação", concebida especificamente para o espaço do Museum van Hedendaagse Kunst Ghent, por ocasião da Europália 91.

Ainda no âmbito da Europália 91, participa numa série de Livros de Artistas, organizada por Alexandre Melo, em que colabora com o poeta Joaquim Manuel Magalhães no livro "Sloten".

Em maio de 1992 expõe na Loja da Atalaia, em Lisboa, um conjunto de esculturas e desenhos, sob o título de "Body Building". A exposição foi uma produção conjunta da Loja da Atalaia e da Galeria Cómicos. Parte dos trabalhos da série "Body Building" é depois mostrada na Galeria Arco, em Faro. Participa na exposição "Silence to light", no Museu Watari de Tóquio, tendo realizado uma peça, feita no Japão, especialmente para aquele local.

Instala-se no seu atual atelier. Por iniciativa de Isabel Vila Nova expõe, simultaneamente com Pedro Calapez, em Paris. A exposição tem lugar em março de 1993, na Chapelle de Ia Salpêtrière e consiste em duas instalações feitas propositadamente para duas capelas laterais. Realiza a primeira exposição na Galeria J. M. Gomes Alves em Guimarães. No verão do mesmo ano expõe em S. Paulo, Brasil, na Galeria Camargo Vilaça. Realiza a sua primeira escultura num espaço público em Santo Tirso. Esta peça, "Um espaço para Santo Tirso", foi executada durante o simpósio de escultura de Santo Tirso, uma realização bianual coordenada por Alberto Carneiro. Participa na exposição "Cerco" [fig.28], Bienal de Óbidos, onde realiza uma instalação num espaço da casa que pertenceu ao pintor Eduardo Malta. A convite da Artefacto 3 desenha um colar e uns brincos, integrados na série "Ilegítimos", produzida por aquela loja/oficina.

Em janeiro de 1994 mostra três esculturas e uma série de desenhos na Galeria Cómicos, sob o título "Corpos(e)móveis". Realiza uma peça para a fachada do restaurante Zutzu em Lisboa. Em julho de 1994 começa a trabalhar como Diretor-Adjuncto do CAMJAP da Fundação C. Gulbenkian.

Em 1995 expõe pela segunda vez na Galeria j.M. Gomes Alves em Guimarães. Em setembro e outubro de 1996 expõe uma série de desenhos, com o título "Dúvida de sombra", na Loja da Atalaia. No Verão de 1997 executa uma escultura em granito para o Inatel Palace em S.Pedro do Sul. Pela terceira vez realiza uma exposição na Galeria J. M. Gomes Alves.

Em maio de 1998 termina uma escultura em aço para a estação de Metro das Olaias. "Montanha-Rio" é o título de outra peça colocada na mesma altura no Cais do Olival, em Lisboa, que foi uma encomenda integrada no projeto de Arte Urbana da Expo 98. Em setembro de 1998 deixa o CAMJAP voltando a dedicar-se a tempo inteiro ao trabalho de atelier.

Recomeça a trabalhar no Ar.Co, onde passa a dirigir o Departamento de Escultura. Em setembro de 1999 inaugura simultaneamente duas exposições no Funchal: uma exposição antológica de desenho no Museu de Arte Contemporânea e uma mostra dos desenhos da série 'A Marat" no Museu Francisco e Henrique Franco, onde os desenhos baseados na representação, feita por J. L. David, da morte do revolucionário francês confrontavam a produção do escultor do Estado Novo. Em novembro de 1999 expõe na Galeria Quadrado Azul, no Porto, com que começa a trabalhar.

Em maio de 2000 inaugura a exposição "Escultura+Desenho" no Pavilhão Branco do Museu da Cidade, em Lisboa. A exposição foi comissariada por Maria Nobre Franco e teve o apoio da Galeria Quadrado Azul. A convite do Sintra Museu de Arte Moderna faz uma seleção de obras da Coleção Berardo que é exposta, integrando uma escultura e um desenho de grandes dimensões de sua autoria, com o título "Um olhar sobre a Colecção Berardo". Na mesma altura, junho de 2000, é lançado um pequeno livro sobre o projeto, que foi o primeiro volume da coleção Cadernos do Museu.

Em novembro de 2000, expõe na galeria J. M. Gomes Alves uma série de desenhos e colagens. A Fundação Calouste Gulbenkian organiza uma exposição retrospetiva do seu trabalho, que tem lugar no Centro de Arte Moderna em abril de 2001. Nesta exposição, comissariada por Leonor Nazaré, são mostrados trabalhos feitos entre 1983 e 2001. Convidado por Aurora Garcia participa na exposição "Dentro y Fuera" em Cáceres, Espanha, onde apresenta uma peça feita propositadamente para o claustro de um palácio daquela cidade.

Em 2002 expõe na Galeria Quadrado Azul um conjunto de desenhos e três esculturas. Em julho do mesmo ano o Museu Alberto Sampaio, em Guimarães, realiza uma exposição constituída por uma série de esculturas pensadas para o espaço do claustro, inserida no programa "Arte no claustro", que pretende pôr em confronto arte contemporânea com o acervo do museu. Convidado por Francisco Clode de Sousa a pensar num projeto a realizar no Museu de Arte Sacra do Funchal, apresenta, no contexto da magnífica coleção de arte flamenga do Museu, uma exposição intitulada "Alguns santos mártires revisitados". Algumas das esculturas e desenhos da série de santos mártires realizados no final dos anos oitenta e a escultura "M (Mártir?)" de 2002 foram mostrados em conjunto com as peças flamengas. Por proposta de João Pinharanda expõe, no Centro de Arte de S. João da Madeira, três esculturas de períodos diferentes em "Diálogo" com pinturas de Jorge Pinheiro.

Em abril de 2003 é inaugurada uma escultura feita em aço Cor-ten, que foi encomendada pela cidade espanhola de Alcobendas para um jardim duma nova zona residencial no âmbito da iniciativa "Arte en Alcobendas", em que foram encomendadas esculturas a dez artistas internacionais.

O Centro Cultural Gulbenkian de Paris expõe, em 2004, um grupo de desenhos recentes acompanhados de uma escultura da coleção do CAMJAP da Fundação Gulbenkian. Por iniciativa do IPPAR realiza no Palácio de Queluz uma exposição intitulada "Luzes" onde se incluem um grupo de esculturas e desenhos, feitos entre 1984 e 1990, em que a luz tem uma presença real ou é tema explícito da obra. No âmbito da comemoração dos Cem Anos da Sala de Sessões da Assembleia da República, é-lhe encomendada uma escultura, que ficará colocada com carácter permanente na zona de entrada do novo edifício da Assembleia. A peça intitulada "Colunata" baseia-se na relação entre a coluna e a colunata neoclássica com a iconografia associada à democracia e ao parlamentarismo.

Na Galeria Évora-Arte de Évora, é apresentada em 2005 uma exposição de um grupo de desenhos e uma escultura. Guimarães recebe então uma seleção de desenhos recentes e uma escultura em madeira e bronze; foi na Galeria Gomes Alves onde já tem exposto várias vezes. Em setembro de 2005 expõe pela primeira vez na galeria madrilena Fúcares. Cinco esculturas de madeira e ferro e desenhos de duas séries recentes, todas obras de 2005, são incluídas nesta mostra.

A Fundação Calouste Gulbenkian encomenda-lhe uma medalha comemorativa dos seus cinquenta anos de existência, celebrados em julho de 2006.

Em 2006 é convidado a participar num concurso para a execução de um troféu a entregar ao vencedor do Prémio Eletricidade e Ambiente. O seu projeto é selecionado e executado em cristal soprado, bronze e madeira. Expõe em junho uma série de desenhos intitulada "Sólido e Líquido" no Museu do Porto Santo. Durante esse ano organiza uma exposição antológica do seu trabalho em desenho, comissariada por Emília Ferreira, que inaugura em agosto no Centro Cultural de Lagos, seguindo depois para o Centro Cultural de Cascais e, finalmente para a Galeria Municipal de Matosinhos. Expõe uma série de novos trabalhos na Galeria Quadrado Azul no Porto. Em outubro uma das suas obras de 1985 "Retrato de Pintor", é incluída na exposição "Anos 80: uma Topologia" no Museu de Serralves.

Exemplos do seu trabalho de escultura são incluídos nas exposições: "3 D, Escultura da Colecção Berardo na Assembleia da República" e "50 Anos de Arte Portuguesa" na Fundação C. Gulbenkian.

É convidado a realizar uma exposição de desenhos e esculturas na Casa da Cerca em Almada, que inaugura em junho de 2007.

O seu trabalho é apresentado na exposição inaugural do Museu de Arte Contemporânea de Elvas e da Fundação António Prates em Ponte de Sôr. Participa na exposição "Livre circulação!/Toll free!" organizada pelo Museu de Serralves em Faro. Deixa de trabalhar com a Galeria Quadrado Azul e começa a colaborar com a Galeria Fernando Santos. Trabalha sobre a coleção do Museu Nacional de Arte Antiga no projeto "Museum", que resulta numa grande exposição/instalação com o mesmo nome, que tem lugar em maio de 2008 nas salas de exposições temporárias do MNAA. Parte das peças expostas em "Museum" são novamente mostradas na Galeria Fernando Santos no Porto, juntamente com novas esculturas e pinturas em aço inox, na exposição "Museum 2", em setembro de 2008. Durante o verão participa na exposição "Articulações" integrada no evento Allgarve. Por esta série de exposições é-lhe atribuído o Prémio AICA-Ministério da Cultura 2008.

A escultura "Anunciação", de 1991, integra a exposição "Serralves: a Colecção" que marcou a comemoração, em 2009, do vigésimo aniversário da Fundação de Serralves. Uma escultura em contraplacado e espelho, encomendada para a Capela da Torre do Capitão, na ilha da Madeira, é mostrada pela primeira vez na Casa das Mudas, Calheta, na exposição "A experiência da forma. Um olhar sobre o Museu de Arte Contemporânea". A Universidade do Algarve, onde dá aulas desde 2006, encomenda-lhe uma escultura comemorativa do seu trigésimo aniversário, que foi colocada na sala de leitura da Biblioteca Central.

Em 2010 realiza uma grande exposição antológica no Museu Municipal de Tavira/Palácio da Galeria. A exposição intitulada "(in)forma" centra-se no seu trabalho de escultura e desenho desde o ano 2000. Por ocasião da comemoração do centenário da instauração da República a Fundação EDP encomenda-lhe uma versão atual do busto da República que é exposta durante a exposição "Povo-People" e que depois foi emprestada à Câmara Municipal de Lisboa, onde esteve visível até ao fim do ano de 2010. Participa na exposição "Professores" no CAM da Fundação Gulbenkian, que apresenta o trabalho de oito artistas que foram os mais votados por uma amostragem de jovens artistas como tendo sido os professores mais marcantes na sua formação.

No início de 2011 inaugura a exposição "Rui Sanches: Obras Escolhidas" no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais em Bragança. No Pavilhão Branco do Museu da Cidade, em Lisboa, expõe em "Aqui e além", uma séria de esculturas novas em diálogo com as pinturas de Michael Biberstein. Algumas dessas esculturas, juntamente com uma inédita, e vários desenhos novos, são apresentadas na Galeria Fernando Santos, no Porto.

Expõe pela primeira vez na Galeria Miguel Nabinho, em Lisboa. A exposição intitulada "Porta entreaberta", é constituída por uma série de esculturas e desenhos, entre as quais algumas peças de parede onde utiliza pela primeira vez a terracota como material final. Alguns meses depois, em junho de 2012, expõe na loja tp, algumas peças de pequeno formato que incluem este material e pequenos bronzes, editados em séries limitadas. Convidado por Alda Galsterer, concebe um projeto em escultura, pensado especialmente para um dos espaços da nova galeria Belo-Galsterer. Desde que passa alguns meses por ano a trabalhar num atelier no Alentejo, que a paisagem natural começou a ter um papel mais importante na sua obra. A presença da paisagem, que já se sentia de forma clara nalguns desenhos e esculturas desde 2010, vai estar no centro de uma série de pinturas que serão expostas em 2013 na Galeria Fernando Santos, sob o título "Suite Alentejana".

A Câmara Municipal de Lisboa encomenda-lhe um monumento a Maria José Nogueira Pinto para ser colocado na zona da Ribeira das Naus, que será objeto de uma profunda renovação. Assina um contrato com a Câmara de Vila Nova da Barquinha para a realização de uma escultura para a ilha do Castelo de Almourol. A execução da escultura fica condicionada à aprovação de fundos comunitários.

Com comissariado de João Pinharanda realiza na Fundação Carmona e Costa uma exposição de desenho intitulada "Dentro do desenho", em que são apresentados cerca de setenta desenhos de diversos períodos, entre 1982 e 2013.

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