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ENCONTRO MAGICK seguido de A Boca do Inferno

Aleister Crowley, Fernando Pessoa

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Detalhes do Produto

Sinopse

Uma novela policial de Fernando Pessoa e toda a correspondência que lhe deu origem, com o «mago», poeta e pintor inglês Aleister Crowley, além de outras personalidades do mundo esotérico tão caro a Fernando Pessoa.
Compilações de rara iconografia da época, fac-símiles e notas elucidativas existentes no dossier Crowley – Pessoa, organizadas por um seu sobrinho. «Miguel Roza desvenda ao público leitor de Fernando Pessoa os segredos do encontro do poeta comAleister Crowley, ajudando a entendermelhor asmúltiplas facetas de umgénio que não cessa de nos inquietar: como visionário, como experimentalista tão inovador oumais do que os conhecidíssimos «manifestantes» futuristas, como excepcional tradutor (recorde-se o «Hino a Pã» de Crowley) e, last but not least, como inquiridor persistente dos mistérios da alma humana e, neste caso, de alguém que começou por admirar como mestre e iniciador: o célebre mago Crowley.
A ordenação dos materiais (correspondência, encomendas de obras, «montagem» do caso da Boca do Inferno, com o consequente desenvolvimento à escala europeia em Inglaterra e França) permite visionar o que eram os círculos artísticos do tempo, as tertúlias de café ou livraria, e a paixão, nos salões, por tudo o que tocasse à Clarividência, àMediumnidade, à Iniciação espiritual ou mágica, tanto no caso de Crowley como do seu outro «associado» na Golden Dawn, MacGregor Mathers (Cabalista de renome, cuja tradução do Zohar se encontra na biblioteca de Pessoa). »

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Autor(es)

Aleister Crowley

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Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.

Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. 

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