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Sinopse

«Texto literário e documento sociológico, estes Desenganos Amorosos dão-nos o testemunho de uma voz feminina que não tem qualquer limite de ordem moral ou religiosa na expressão de uma censura e de uma revolta perante essa realidade [a violência doméstica] que atravessou as épocas e as sociedades até chegar aos nossos dias.» — do prefácio de Nuno Júdice

Esta obra-prima do século XVII espanhol, pela primeira vez traduzida para a língua portuguesa, conta-nos uma sequência de terríveis e mirabolantes histórias de amores infelizes e trágicos. María de Zayas oferece-nos um romance cheio de peripécias, escrito de uma forma brilhante, com humor e fúria, que é também uma reflexão pioneiríssima sobre a opressão patriarcal e a violência dos homens sobre as mulheres.

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Autor

María de Zayas

María de Zayas y Sotomayor terá nascido em Madrid em 12 de Setembro de 1590, filha de D. Fernando de Zayas y Sotomayor, cavaleiro de Santiago e capitão de Infantaria, e de María de Carasa. Pouco se conhece da sua vida e da sua educação, mas é de supor que terá vivido em Valladolid entre 1601 e 1606, anos em que a Corte ali se instalou, e terá seguido o pai quando este levou a família para Nápoles onde foi mordomo de D. Pedro Fernandes de Castro, 7.º conde de Lemos, de 1610 a 1616, o que explica ter situado nessa cidade a acção de algumas das novelas, referindo episódios históricos desse período. Supõe-se que terá passado por Barcelona na década de 40 do século XVII, onde tratou da edição da sua obra, ignorando-se a data da morte. Essas deslocações fazem supor que nunca se terá casado, uma vez que neste caso não teria viajado com os pais nem teria tido a liberdade de se deslocar a Barcelona, como fez. Além de prosadora, teve uma actividade poética de sucesso, participando em justas e academias, tendo sido celebrada por Lope de Vega no Laurel de Apolo (1630) e apelidada «Sibila de Madrid» por Alonso de Castillo Solórzano. Em 1637 publicou as Novelas amorosas e exemplares, tendo feito uma pausa até 1646, quando escreveu a "Parte Segunda do Sarau e Divertimento Honesto" que passou a ser conhecida com o título "Desenganos Amorosos". — do prefácio de Nuno Júdice.

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