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De Lisboa a Mogadouro: de comboio, barco e diligência

Trindade Coelho

Sujeito a confirmação por parte da editora



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Detalhes do Produto

Sinopse

«De Lisboa a Mogadouro» é uma viagem com textos inéditos de Trindade Coelho, talentoso contista e autor de «Os Meus Amores». Organizada e prefaciada com um estudo do escritor José Viale Moutinho, que muito tem contribuído para a salvaguarda do espólio deste autor.
Esta obra revela-nos ambientes e paisagens do Séc. XIX. Em Lisboa: O Aterro - Do Cais Sodré ao glorioso Tejo - calcorreando a Rua do Arsenal ao largo do Corpo Santo, atravessando com o olhar a outra banda, Cacilhas, Almada, Ginjal, Porto-Brandão, Caparica, a bordo do navio D. Afonso, rio abaixo... de proa fita o Seixal, chega a Arrentela. De Coimbra chama a atenção para o Convento de Santa Clara e sublinha: "O Mondego - e vão lá chamar-lhe poético - jurara ao vetusto convento uma guerra de extermínio... e em todos os Invernos... apertava nos seus braços... com violências de indómito demolidor..."
O Porto reserva-lhe um original acolhimento do Hotel Cardoso, pejado de brasileiros... "No dia seguinte de manhã segui viagem para a Régua... Quebrei aqui o meu itinerário para ir a Lamego. Fui dar com os ossos a uma hospedaria..."
E finalmente nas Cartas Transmontanas dá-nos uma aguarela bem temperada e intensa de côr. "Ao pôr-do-sol, à hora em que o poente se afoga em cores alaranjadas e o contorno das coisas em tintas pardacentas as aves saiem dos ninhos (...) Eu sou como as aves - saio a essa hora - fresco como um ramo de lilás, vigoroso e forte como o braço nu de atleta."
E de Mogadouro , sua terra natal, numa carta confessa: "Olha, meu amigo, o calor que por aqui vai derreteu o meu pseudónimo - Belisário."

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Autor

Trindade Coelho

Escritor e jurista português, José Francisco de Trindade Coelho nasceu em Mogadouro a 18 de junho de 1861 e faleceu em Lisboa a 9 de junho de 1908. O seu percurso profissional iniciou-se na advocacia, seguindo depois carreira como magistrado. Paralelamente à carreira jurídica, desenvolveu uma intensa atividade jornalística, fundando e colaborando em diversos periódicos.

Teve um papel muito ativo em campanhas de combate ao analfabetismo, publicando diversas obras de carácter didático (desde manuais pedagógicos, como o ABC do Povo, de 1901, adotado oficialmente nas escolas públicas, até ao guia de cidadania Manual Político do Cidadão Português, de 1905, entre muitos outros títulos).

Apesar de ser reconhecido, essencialmente, como um dos mestres do conto rústico português – onde retrata cenas da vida campestre, paisagens, pessoas e mesmo animais com uma notável delicadeza de estilo e uma sedutora simplicidade – Trindade Coelho foi um escritor polígrafo e continua a ser um dos melhores Embaixadores de Trás-os-Montes…

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