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Sinopse

Crime e Castigo narra a história de Raskólnikov um jovem que se viu obrigado a deixar os estudos por falta de dinheiro. Deambulando pelas ruas, vai observando as pessoas à sua volta. Sente-se oprimido e humilhado pela pobreza em que vive. O jovem transforma-se num caldeirão de ódio prestes a explodir. Convicto de que a moralidade comum não se aplica a ele e de que precisa agir para o bem da humanidade, comete um crime bárbaro. No entanto, o seu caminho de sucesso é atrapalhado por um adversário implacável: a sua consciência. O jovem Raskólnikov, que se achava tão especial, deixa- se abater pela culpa vendo-se perseguido por ela em todos os momentos. Crime e Castigo é a adaptação para banda desenhada do romance de Fiodor Dostoiévski. Adaptado e ilustrado pelo francês Bastien Loukia, pintor, cartoonista e escritor de banda desenhada.


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Autor(es)

Bastien Loukia

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Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 30.10.1821 - S. Petersburgo, 28.01.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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