«A proposta, apresentada em 14 de Fevereiro de 1946, mereceu imediata e animadora aprovação, e nela se acentuava ainda que a edição deveria ter caracter subsidiário, prestável a futura edição crítica, e, consequentemente, cumpria que ela reproduzisse fielmente os textos na ordem e na forma em que se apresentam, sem excluir as abreviaturas e os erros ortográficos.
Os códices foram organizados com unidades provenientes de outros agrupamentos, revelados pela existência de três numerações diferentes, antigas, em grande número de peças; e as caligrafias são também diversas, a maior parte das quais do primeiro quartel do século XVII, uma ou outra atribuível, ainda, ao final do século XVI, havendo também algumas cópias do século XVIII. É de notar que nas peças do século XVII se encontram emendas a lapsos de copistas e modificações de texto que parecem ser do próprio punho de Suarez. Numa folha de rosto do vol. I lê-se em caligrafia do século XVIII:
CONSILIA MORALIA R. P. DOCTORIS FRANCISCI SUARES GRANATENSIS E SOCIETATE JESV IN REGALI CONIMBRICENSl ACADEMIA SACRAE THEOLOGIAE PRIMÁRIO PROFESSORE.
O vol. II apresenta a variante: CONSILIA SIVE OPUSCULA MORALIA, condizendo no demais com o título do vol. I.
Sem pretendermos prefigurar o número das peças destes tomos que hajam pertencido à colectânea que os PP. Baltasar Alvares e João Freire, o primeiro biógrafo de Suarez tiveram presente, por ser hipótese a examinar, é incontestável que este conjunto documental proporciona o conhecimento de uma série de composições, que, como disse autorizadamenie Scorraille, « constituent l'unique reliquat des écrits de Suarez qu'il puisse être question, du moins dans l'état actuel des recherches faites, d'imprimer encore».
O presente volume abrange o texto completo do primeiro tomo dos referidos códices.(...)»