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Catarina de Áustria - Infanta de Tordesilhas, Rainha de Portugal

Ana Isabel Buescu

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Sinopse

A 14 de Janeiro de 1507 nascia em Torquemada a filha de Filipe I e de D. Joana, reis de Castela. A infanta, a quem por vontade da mãe foi dado o nome de Catarina, vinha ao mundo em circunstâncias singulares. Nascia num momento de profunda incerteza política, órfã de pai, falecido em 1506, e filha de uma rainha a quem muitos começavam a chamar Louca. Em 1509, D. Joana foi encarcerada no paço régio de Tordesilhas, às ordens de Fernando o Católico. Catarina partilhou com a mãe o cativeiro e aí cresceu num monótono e confinado quotidiano apenas quebrado em 1518 pelo breve episódio do seu «rapto» pelo seu irmão Carlos, recém-chegado a Espanha, e pela revolta das Comunidades de Castela em 1520. Em 1524, o destino de Catarina mudou.

No âmbito do diferendo entre Portugal e Castela em torno das ilhas do «cravo e das especiarias» de Maluco, seu irmão, o imperador Carlos V, concerta o seu casamento com D. João III. D. Catarina ocupou o trono de Portugal até à morte de D. João III e foi regente na menoridade do rei D. Sebastião, seu neto, até 1562, num quadro de tensão política entre facções e sensibilidades no qual D. Catarina, para lá de qualquer outro juízo, sempre evidenciou inegáveis qualidades de inteligência e determinação. A sua vida foi marcada pelo drama da morte de todos os nove filhos, que gerou num processo que, dadas as tão estreitas relações familiares e dinásticas com a Espanha de Carlos V e depois de Filipe II, veio a fazer da sucessão do trono português um delicado problema político. D. Catarina faleceu na madrugada de 12 de Fevereiro de 1578, poucos meses antes de se consumar, em Alcácer-Quibir, o desaparecimento de D. Sebastião e, com ele se traçar o fim da dinastia de Avis.

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Autor

Ana Isabel Buescu

Doutora em História, é professora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Investigadora integrada do Centro de Humanidades (CHAM/UNL) da mesma Faculdade.
Trabalha em História Moderna (séculos XV-XVIII), em particular os domínios da história cultural e das mentalidades, sistemas de representação ? corte e cultura de corte nos séculos XV e XVI; rituais e cerimónias da monarquia; educação de príncipes; história das mulheres; livrarias na Época Moderna; História biográfica.
Publicou os seguintes livros: A livraria renascentista de D. Teodósio I, duque de Bragança, 2016; Na Corte dos Reis de Portugal.Saberes, Ritos e MemóriasEstudos sobre o século XVI, 2010; Catarina de Áustria (1507-1578) - Infanta de Tordesilhas, Rainha de Portugal, 2007; D. João III (1502-1557), 2005; Memória e Poder. Ensaios de História Cultural (séculos XV-XVIII), 2000; Imagens do Príncipe. Discurso Normativo e Representação (1525-1549), 1996; O Milagre de Ourique e a História de Portugal de Alexandre Herculano. Uma Polémica Oitocentista, 1987.
Coordenou, em colaboração com David Felismino, A Mesa dos Reis de Portugal. Ofícios, Consumos, Práticas e Representações (séculos XIII-XVIII), 2011.

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