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Detalhes do Produto
- Editora: Documenta
- Categorias:
- Ano: 2025
- ISBN: 9789895682058
- Número de páginas: 136
- Capa: Cartonada
Sinopse
Este livro foi publicado por ocasião da exposição Cartoon Xira 2025, realizada no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira, de 25 de Abril a 8 de Junho de 2025.
A Cartoon Xira volta a mostrar uma retrospetiva pungente dos momentos mais relevantes do País e do Mundo no ano passado, a partir da pena perspicaz, crítica e cheia de humor dos nossos cartoonistas, reconhecidos nacional e internacionalmente. Em Portugal, entre outros acontecimentos, atravessámos eleições legislativas antecipadas e assinalámos o cinquentenário do 25 de Abril de 1974. Efetivamente, em cada ano, a Cartoon Xira continua a celebrar a Liberdade (de expressão, muito em particular) e a tolerância que a Revolução nos trouxe. Continuemos, pois, irreverentes e alerta, nestes tempos complexos em que vivemos.
[Fernando Paulo Ferreira]
Tenham calma. Parafraseando o poeta, ainda não é o fim do mundo, é apenas um pouco tarde. No início de 2024, até se conseguira o milagre de, no conhecido Relógio do Apocalipse — que se supõe assinalar quanto tempo falta para a autoextinção da humanidade, fazendo corresponder a sua existência a 60 minutos —, nada se ter avançado nessa direção: a marca estava e ficou em 90 segundos para o nosso desaparecimento global. Mas também não se tinha recuado, e a verdade é que, em toda a história desta angustiante contagem, nunca se estivera tão próximo do adeus definitivo (quando, nos primeiros anos da década, ainda vivíamos a uns confortáveis 100 segundos do momento fatídico). O relógio é acertado cada ano por uma equipa de cientistas especializados em diversas áreas do conhecimento — sendo muitos deles conselheiros de governos e agências internacionais —, pelo que alguma confiança devemos depositar no seu discernimento. […] Para agravar o nosso desassossego, a equipa do Relógio do Apocalipse fez a sua avaliação, já em janeiro do corrente ano, de como evoluíram as coisas ao longo de 2024 e encurtou a duração da marcha para a catástrofe total — estamos agora a 89 segundos do nosso apagamento como espécie. Riamos enquanto pudermos, porque vamos ter tempo para chorar.
[Joaquim Vieira]