O arcuense António José Pimenta Ribeiro, nascido a 1 de abril de 1901 e falecido a 6 se setembro de 1974, desenvolveu uma atividade multifacetada e muito singular ao longo da sua vida. (…).
Pai de 12 filhos e avô de 32 netos, António Ribeiro deixou o seu amor à terra indelevelmente gravado na sua poesia, principalmente nos poemas sobre a realidade sociocultural dos Arcos e catalogados no capítulo “Variações”, da Obra Poética (…) sobre a qual o autor é muito elogiado pelo seu estilo lírico, marcado pela leveza e graciosidade, utilizando versos tradicionais (…).
Além disso, foi cofundador e diretor do quinzenário Notícias dos Arcos, onde colaborou com uma crónica de crítica social e memorialista, sob o título “Bilhete Postal”, a qual conseguiu alimentar durante muitos anos, praticamente até ao fim da vida.
Mas o envolvimento cívico e cultural de António Ribeiro não se ficou por aqui. Na qualidade de ator, participou em várias representações como a “Récita de Gala” no Teatro D. Afonso Henriques (sob promoção da Academia de Braga) e no Teatro Circo (sob iniciativa da Academia do Liceu Sá de Miranda). Pertenceu, ainda, ao ‘Trio Arcuense’ e no Teatro Teixeira de Queiroz representou um importante papel na peça “A Última Palavra do Astrólogo Mendes”.
Por todas estas razões, António Ribeiro é, sem sombra de dúvida, uma das figuras superlativas da história contemporânea de Arcos de Valdevez.
Mário de Barros Pinto
Diretor do Notícias dos Arcos
Edição de 06.10.2022