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Bater Sempre Também Cansa... Mas às Vezes Até é Pouco

Luiz Pacheco, Nicolau Santos

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Detalhes do Produto

Sinopse

Bater Sempre Também Cansa… Mas às Vezes Até é Pouco é uma pérola de esplêndida corrosão literária: aqui o editor Nicolau Santos recupera e comenta a relação e as missivas do génio literário que foi Luiz Pacheco, seu cronista no Diário Económico e Público.

Nicolau Santos explica:
«Este livro tinha tudo para não existir. Na verdade, convidar Luiz Pacheco para escrever crítica literária num jornal de economia que ele nunca tinha lido foi uma loucura; ter ele aceitado foi uma surpresa absoluta.
Seguiram-se dois anos hilariantes no Diário Económico e um no Público: Pacheco escreveu dezenas de crónicas deliciosamente cáusticas e irónicas, ao mesmo tempo que me enviava mensagens escritas pelo seu punho, várias das quais transcrevo para dar a conhecer uma outra faceta de Pacheco: a sua lealdade e gratidão a quem lhe propôs esta colaboração.
E tudo culminou com a minha demissão do Público. Não somos irmãos gémeos, mas você sai, eu também saio, escreveu-me ele. Tudo o que se faça para não deixar esquecer a genialidade de Luiz Pacheco não é de mais. Este é o meu pequeno contributo para esse desiderato.»

«Eu não sou um marginal, porra. Sou um senhor.»
Luiz Pacheco em entrevista a Pedro Castro, no jornal A Capital, 2005

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Autor(es)

Luiz Pacheco

Luiz Pacheco nasceu a 7 de Maio de 1925, em Lisboa, numa família de classe média. Estudou no Liceu Camões, onde formou o primeiro círculo de amigos, entre os quais, José Cardoso Pires e Jaime Salazar Sampaio. Foi aí também que ganhou o gosto pela escrita, e mesmo pela edição. Em 1946, iniciou funções como agente fiscal da Inspecção Geral dos Espectáculos, mas foi ainda em 1944 que começou a publicar regularmente artigos em jornais e revistas, maioritariamente de crítica literária e cultural, que lhe valeram algumas polémicas. No fim da década de 50, resolveu livrar-se do emprego fixo, abandonando definitivamente fato, gravata, a vida burguesa e o patrão aliado à censura e ao regime, mas livrou-se também do salário fixo que lhe permitia sustentar a família, já com dois filhos pequenos, passando a viver, sempre à justa, de traduções e revisão de textos. Em 1950, fundou a Contraponto, editora em que publicou autores como Raul Leal, Vergílio Ferreira, Mário Cesariny, Natália Correia e Herberto Helder, entre outros. A vida pessoal de Pacheco foi atribulada; teve oito filhos de três mães adolescentes; viu-se preso várias vezes, quer pelas relações com menores, quer pelos textos que escreveu; o abandono do emprego e a renúncia à vida burguesa trouxeram-lhe os dissabores da pobreza e a necessidade de contar com a ajuda de amigos; o refúgio no álcool durou cerca de duas décadas; a homossexualidade acompanhou-lhe a fama de libertino, e tinha muitos problemas de saúde, embora fosse reconhecidamente hipocondríaco. Tudo aproveitou enquanto escritor. Privilegiou as narrativas curtas, profundamente autobiográficas, fundando uma corrente literária que o próprio apelidou de neo-abjeccionismo. O género epistolográfico era um dos que mais lhe agradavam, juntamente com o diarístico. Passou os últimos anos da vida em lares, quase cego e com a saúde muito debilitada. Morreu a 5 de Janeiro de 2008.

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Nicolau Santos

Nicolau Santos nasceu «branco de segunda», «calcinhas ou caluanda», «com os pés no mar», em São Paulo de Luanda. Depois fez-se à vida. Estudou, começou a rabiscar algumas palavras que só por carinho se poderiam chamar poemas, praticou muito desporto, fez amigos aos abraços cheios e lá pelo princípio dos anos setenta começou a ver filmes da Nouvelle Vague e de outros como Eisenstein e Hitchcock, que depois debatia acaloradamente pela noite fora na Universidade de Luanda (UL). Foi responsável pelo jornal mural da UL, escolhia poemas africanos para o boletim universitário. Ao mesmo tempo, lia tudo o que houvesse: Brecht, Maiakovski, Reich, Kirst, Uris, Amado, Veríssimo, Drummond, Luandino, Pepetela. No âmbito do movimento estudantil, envolveu‑se na batalha política pela independência de Angola. Concluiu o curso de Economia em Portugal e meteu-se no jornalismo. Foi diretor do Semanário Económico, do Diário Económico e do Público, tendo ainda pertencido à direção do Expresso durante quase vinte anos. É atualmente Presidente da RTP. Publicou até agora sete livros de poesia, quatro dos quais a meias com António Costa Silva. Este é o seu primeiro romance.

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