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Detalhes do Produto

Sinopse

Maria das Graças e Cristóvão, oriundos da província, estabeleceram-se em Lisboa, com uma mercearia.

O casal, como era costume na altura entre pessoas estabelecidas e vindas das aldeias, sempre que podia chamava uma criança da aldeia que os pudesse ajudar, a troco de cama e comida. Era uma forma de também aliviar algum familiar ou conterrâneo com pouco sustento para criar os seus filhos.

Neste caso, acolheriam o próprio irmão de Maria, que chegaria de comboio a Stª Apolónia, onde a irmã o iria buscar e levá-lo para casa.

Josué sabe que vem para Lisboa trabalhar à responsabilidade da irmã, mas não sabe onde vai ficar, nem o que vai fazer.

Com catorze anos e a cabeça cheia de muita informação sobre a grande cidade, traz muitos sonhos e muitas outras perguntas em carteira.

Logo na estação, transmite todos os recados de saudade que traz da família e pelo caminho não se cansa de fazer perguntas que lhe saciem a curiosidade, sobre aquilo que veio fazer.

Fica a saber que vai ter um trabalho duro, mas pelo menos sente-se compensado de ter melhores condições de estadia do que era costume. Trabalharia para a irmã, que sabia ser muito afetuosa e boa cozinheira.

Josué é um rapaz ambicioso, revela-se determinado e inteligente.

O seu sonho principal é ser rico e poderoso.

Este nosso herói podia ter vivido em qualquer época, mas o seu ideal de vida está marcado pelo ideário vigente do seu período de vida ativa, o da Santíssima Trindade: Deus, Pátria e Família, guardiã da tríade sexo, género e raça. Conforme os discursos do regime, impossíveis de contestação, como podemos apreciar nas linhas seguintes.

Frases que ecoavam nos céus deste País:

«Não discutimos Deus e a virtude:

 Não discutimos a Pátria e a sua história;

Não discutimos a Família e a sua moral;

Não discutimos a glória do trabalho e o seu dever.»

Salazar

Mas tudo começa com um evento que apresenta, do qual recebe retorno e aceitação.

É o seu primeiro ato público, na altura com 16 anos.


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Autor

Antonieta dos Santos Nunes

Deu-me muito gozo compilar estas histórias, que fui escrevendo através dos tempos. Nem todas as histórias me entusiasmaram na sua própria altura, mas aproveitei muitas que me vinham à memória com regularidade. Aí, pensei, esta fica para memória futura e fazia o seu trajeto habitual: gaveta, minto, já não escrevo com papel e caneta, agora dedilho as teclas do computador. Não pensem que também leio no écran, não, só mesmo os meus textos enquanto os corrijo. Não me identifico com livros de memórias, mas na verdade são memórias o que aqui vai dito. Tenho para mim que também somos uma imagem que os outros compõem de nós. Memórias são aquilo que retemos e nos vão marcando a vida. A vida, essa realidade efémera, que cada momento é presente, futuro e logo passado com a velocidade imaterial da passagem.

. Lendas das Ervas-de-Cheiro, uma compilação a três mãos, com Suzet Coutinho e Isabel Moreira

Edição da Confraria das Ervas-de-Cheiro, 2008

. Um Testemunho de Vida – Capitão Manuel Sidónio dos Santos Nunes, uma biografia de afetos escrita a duas mãos, com o jornalista João Paulo Cruz

Edição da Companhia da Palavra, 2011

. Sala de Espelhos - ficção

Edições Vieira da Silva, 2019

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