Ramón Del Valle-Inclán

Ramón Maria del Valle-Inclán nasceu em Villanueva de Arosa, na Galiza, a 29 de Outubro de 1866, numa família da pequena aristocracia rural. Frequentou o liceu em Pontevedra e a Faculdade de Direito em Santiago de Compostela, estudos que veio a interromper, partindo para o México em 1882, na primeira das suas várias viagens à América Latina. Uma vida de boémia e aventura, cuja lenda sempre se esforçou por alimentar, levando o ditador Primo de Rivera a chamar-lhe, em nota oficiosa, por ocasião de um dos seus problemas com a polícia, «exímio escritor e extravagante cidadão». «Filho pródigo» da geração de 98, dedicou-se intensamente à literatura – nem um só dia sem escrever –, produzindo uma vasta e notabilíssima obra de romancista e dramaturgo, da qual Tirano Banderas constitui, indubitavelmente, o ponto mais alto. Com o advento da II República, foi nomeado director da Escola de Belas-Artes de Espanha em Roma. Nos últimos anos da sua vida, retirou-se para a Galiza, onde levou uma vida discreta e elegante, falecendo em Santiago, em 5 de Janeiro de 1936. Da sua obra destacam-se as Sonatas (Primavera, Verão, Outono e Inverno), El Ruedo Ibérico, La Corte de los Milagros, La Marquesa Rosalinda, Comedias Bárbaras, Divinas Palavras e Luces de Bohemia.


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