Combinando palavras e imagens, este texto é feito de um conjunto de crónicas ficcionadas que dão um reflexo, sobre as minhas vivências múltiplas, dos ESPECTROS DA PANDEMIAE DA GUERRA QUE ASSOLARAM UMA VEZ MAIS O MUNDO GLOBALIZADO NOS PRIMEIROS ANOSDA SEGUNDA DÉCADA DO SÉCULO XXI. Acompanhando a par e passo o processo viral da escrita, surgiram quase por acaso memórias das minhas deambulações vagabundas pela vida e pela literatura, correspondentes a recordações parcialmente inventadas. As situações e derivas alojadas na interface entre o presente e as minhas memórias polifónicas defrontam subtilmente um hipercapitalismo cada vez mais necrófago, em que um significativo quinhão do lucro da BIG PHARMA obtido durante a pandemia foi transferido para o complexo militar-industrial-comunicacional para fomentar as guerras, presentes e futuras, e alimentar o ‘espetáculo’ total que infesta os nossos tempos. HENRIQUE GARCIA PEREIRAO volume designado por Marginália Vagabunda é feito a partir de uma série de ‘notas de rodapé’ que são chamadas ao longo do texto correspondente ao volume Autoficções Virais. A leitura do conjunto das ‘notas de rodapé’ , que podem também ser vistas como contos curtos relatando algumas das minhas vagabundagens urbanas trazidas a lume pelas minhas memórias e pode ser feita de acordo com uma ordem opcional estabelecida pelas inclinações do leitor, independente da sequência prescrita nas Autoficções Virais, mas em interação com as memórias que aí surgem.