Detalhes do Produto
- Editora: Dafne Editora
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- Ano: 2011
- ISBN: 9789898217110
- Número de páginas: 324
- Capa: Brochada
Sinopse
No momento em que se publica este livro, o panorama mediático português é abalado por alguns dos acontecimentos mais dramáticos da sua existência pós-ditadura. Entre a sua fragilidade e a pressão esmagadora da realidade económica, a crise generalizada das publicações em papel e a entrega estapafúrdia a práticas populistas, o cenário mediático português atingiu um ponto irreversível.
Perante este estado das coisas, é pertinente perguntar porque é que se escreve um livro sobre a difusão de massas de uma produção cultural tão específica como a arquitectura. A resposta é que a aparição meteórica da arquitectura no contexto mediático generalista português foi, ela própria, um sinal da volatilidade e do funcionamento dos nossos media de massa.
A afirmação da arquitectura portuguesa através da mediatização revelou-se uma boa metáfora para explicar como os media de massa acolhem, digerem, ampliam, apropriam e finalmente deitam fora qualquer assunto que sirva para captar a atenção e o share. Diz-se aqui como o campo arquitectónico adquiriu pujança, como se reflectiu e como acabou por ser escrutinado na esfera pública. Mas podia falar-se de arte, culinária, futebol ou qualquer outra coisa.
Nas entrelinhas desta expansão mediática ficou também uma história parcial e uma crítica cultural da arquitectura portuguesa entre 1990 e 2005. Nas estórias picantes que aqui se revisitam, esses 15 anos foram o período áureo em que, mais que qualquer meio especializado, o jornal Público deu as boas vindas a uma prática que pelo menos do ponto de vista mediático se tornaria numa das grandes exportações da cultura portuguesa contemporânea.