Partilhar

Desconto: 10%
20,61 € 22,90 €
Wishlist Icon

Detalhes do Produto

Sinopse

A Viagem é o primeiro romance publicado por Virginia Woolf em 1915, e foi escrito num período de extrema fragilidade da autora que atravessou várias depressões e uma tentativa de suicídio. O tema da obra tem algo de uma moderna mítica passagem para a maioridade, reflexo da mudança de Woolf de uma vida doméstica num subúrbio de Londres para o ambiente do Grupo de Bloomsbury. A protagonista Rachel Vinrace parte para a América do Sul, numa viagem de autodescoberta e Woolf aproveita para satirizar os costumes eduardianos. Uma das escritoras mais inovadoras do século XX, modernista e lírica, da qual a Presença também já publicou Os Anos, em 2008.

Ler mais

Autor

Virginia Woolf

Virginia Woolf nasceu em Hyde Park Gate em 1882, num final de século vitoriano. O seu pai era o crítico literário Sir Leslie Stephen. Virginia teve a sua primeira crise depressiva em 1904, aquando da morte do pai. Mudou-se, em seguida, para a casa do irmão Thoby e da irmã, a pintora Vanessa Bell, em Bloomsbury, onde estes se reuniam com outros escritores e artistas, incluindo Lytton Strachey, J. Maynard Keynes e Roger Fry. Essa foi a origem do célebre Bloomsbury Group. Entre os seus participantes estava também Leonard Woolf, com quem Virginia se casou em 1912. Cinco anos mais tarde, o casal fundou a The Hogarth Press, que viria a publicar, além da própria Virginia Woolf, obras de T. S. Eliot, E. M. Forster e Katherine Mansfield, bem como traduções de Freud.

O primeiro romance de Virginia Woolf, A Viagem, foi editado em 1915, mas seria O Quarto de Jacob (1922) a suscitar o seu reconhecimento como uma escritora inovadora. Essa evolução seria confirmada em Mrs. Dalloway, onde a sua escrita captou a evanescente matéria da vida e as fugidias experiências de Clarissa, através de um tempo psicológico e reversível.

«Insubstancio, até certo ponto intencionalmente, não confiando na realidade — no que tem de reles», escreveu no seu diário em Junho de 1923, quando trabalhava em Mrs. Dalloway.

A sua abordagem modernista, caracterizada pelo uso da corrente de consciência e com ênfase na personagem e não no enredo, foi desenvolvida em Rumo ao Farol, nos monólogos de As Ondas, em Entre os Actos e em vários dos seus contos.

Virginia Woolf suicidou-se no rio Ouse a 28 de Março de 1941, em plena II Guerra Mundial.

Tinha então quase sessenta anos, publicara nove romances, sete volumes de ensaios, duas biografias e vários contos.

Antes escrevera ao seu marido: «Tenho a certeza de que vou enlouquecer outra vez. E sinto-me incapaz de enfrentar de novo um desses terríveis períodos. Começo a ouvir vozes e não consigo concentrar-me […]. Se alguém pudesse salvar-me serias tu […]. Não posso destruir a tua vida por mais tempo.»

E, finalmente, uma frase inesperada, que retoma a que Terence diz a Rachel morta, em A Viagem, seu primeiro romance:

«Não creio que dois seres pudessem ser mais felizes do que nós o fomos.»

Ler mais