Há cerca de 80 anos, a Europa foi varrida pela mais sinistra de todas as ideologias. Envolta num misticismo mórbido e num discurso pseudocientífico, o nazifascismo engendrou uma realidade regida por uma irracionalidade doentia, mas que se materializava através de uma extraordinária racionalidade operacional, cujo objetivo era exterminar o inimigo e ceifar vidas com uma precisão numérica da ordem das unidades. No seio da realidade deste período de desumanidade extrema, a tecedura quotidiana de milhões de vidas seguiu o seu curso, mas é admissível que poderia ter-se desenvolvido de muitas outras formas. E se a vida de algumas figuras centrais deste momento histórico tivesse seguido um outro rumo? Como teriam influenciado o desenlace deste trágico período? Tendo como pano de fundo o mundo em autodestruição e o acelerado processo de desenvolvimento científico e tecnológico, este é o intrigante paradoxo que a trama de A Solução Final nos propõe.