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A História Natural de Portugal em Domingos Vandelli

João Cabral

Sujeito a confirmação por parte da editora



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Sinopse

Os comentários que J. F. Link inseriu na sua obra Voyage en Portugal, o percurso de Alexandre Rodrigues Ferreira depois de regressado da expedição ao Brasil e os episódios associados à Guerra Peninsular, em particular, os relativos às colecções do museu da Ajuda, ecoaram até ao presente na historiografia portuguesa, relegando para segundo plano uma apreciação da produção científica de Domingos Vandelli. Apesar de vários naturalistas e académicos terem chamado a atenção para o carácter pioneiro da obra de Vandelli no conhecimento da história natural de Portugal, a obra do naturalista italiano, português de adopção, não tem merecido a devida atenção por parte de investigadores portugueses, excepto os seus escritos de âmbito económico.
Neste presente trabalho pretendemos empreender um estudo dos trabalhos de Vandelli sobre a flora e fauna de Portugal (continental), focando especialmente o manuscrito da Biblioteca Nacional de Portugal (COD 3750) e os trabalhos Fasciculus Plantarum, Florae et Faunae Lusitanicae Specimen e Florae Lusitanicae et Brasiliensis Specimen, abordagem enquadrada num projecto mais global de uma re-avaliação da obra de Domingos Vandelli dedicada à história natural de Portugal.

Domingos Vandelli (1735-1816) era formado em medicina pela Universidade de Pádua, sua terra natal. Juntamente com outros académicos italianos, foi convidado pelo marquês de Pombal para lançar as bases de uma renovação do ensino em Portugal. Chegou a Lisboa em 1764, não mais deixando este país que o acolhia. Em 1768, foi convidado pelo rei a criar um jardim botânico no Alto da Ajuda (o Jardim Real de Lisboa), projecto que se concretizaria com a cultura de milhares de plantas vindas de todos os continentes. Em 1772, foi contratado como professor de história natural e de química da Universidade de Coimbra. Na capital do Mondego, dirigiu a instalação de um jardim botânico, um museu de história natural e um laboratório químico. Em 1788, foi nomeado deputado da Real Junta do Comércio. Jubilado da universidade em 1791, regressou a Lisboa onde dirigiu o jardim e museu da Ajuda. Publicou um conjunto de memórias que pretendiam contribuir para o relançamento da agricultura e das manufacturas e para o progresso da ciência útil, e uma série de trabalhos sobre a história natural de Portugal e do Brasil. Estes contêm os primeiros inventários das espécies de plantas (nativas e cultivadas) e animais (nativos e presentes em jardins e parques) de Portugal (continental), seguindo a taxonomia de Lineu.

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Autor

João Cabral

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