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- Editora: Edições Sílabo
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- Ano: 2016
- ISBN: 9789726188490
Sinopse
A contingência e o risco global no seio da União Europeia adensam-se. A história e a
geografia voltam a estar frente a frente. A qualquer momento pode eclodir um facto grave e
precipitar uma crise de consequências imprevisíveis. Como antes, factores externos
determinaram e determinam os grandes momentos do projecto europeu. Actualmente as linhas
de tensão abundam: a crise dos refugiados, os estados falhados do Médio Oriente e do norte
de África, o problema russo-ucraniano, as implicações do Tratado Transatlântico, a guerra
do petróleo, o terrorismo internacional, são, entre outras, algumas realidades
fracturantes que pairam no horizonte e que o autor, num primeiro fôlego aborda e discute.
Tantos são os riscos globais identificados que, segundo o autor, a formação de uma
comunidade de riscos pode ser a fonte de relegitimação política que se impõe e faz falta à
União Política Europeia.
Os bens comuns que constituirão a futura União Política Europeia (da procuradoria europeia
ao modelo social europeu, da coesão territorial à cobertura dos grandes riscos a nível
europeu, da política externa e de segurança comum à formação da União para o Mediterrâneo,
do banco central europeu ao orçamento federal da União, do fundo monetário europeu ao
mecanismo de gestão da dívida pública europeia) são temas revisitados e reequacionados
antes de ser abordada a transição para a união política e o sistema de governo mais
apropriado para os levar a bom termo e materializar sob a forma de uma terceira via
unionista.
Recorrendo a Ulrich Beck quando afirma que «Vivemos uma sociedade do risco, a essência de
tudo é a incerteza, precisamos, por isso, de uma nova mobilização política porque o risco
não é transparente e não é igual para todos; a Europa dos efeitos colaterais precisa de
uma europeização construída de baixo para cima, talvez ela não deva ser uma união de
nações mas uma união de cidades e regiões da Europa», o autor explicita e reforça que as
nações, regiões e cidades são referências para a construção do novo espaço público
europeu, com mais governação policontextual e mais policentrismo territorial, mais
cooperação territorial descentralizada e governação multiníveis que, no conjunto,
constituem a matéria-prima do federalismo cooperativo que importará aprofundar e
amadurecer na transição para a união política europeia.
Um livro oportuno para ser lido por todos os leitores que se interessam e procuram
compreender o mundo em que vivem.