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Sinopse

Canek Sánchez Guevara levou sete anos a completar a novela 33 Revoluções. Começou a redigi-la em Sadirac, uma aldeia dos arredores de Bordéus, França, em finais de 2007, e deu-a definitivamente por terminada em 2014, na Cidade do México, poucos meses antes de falecer prematuramente, aos 40 anos, em janeiro de 2015. Trata-se do mais depurado dos textos que escreveu (novelas e contos, alguns poemas, ensaios, crónicas de viagem), a sua obra mais definitiva, e a primeira publicada em Portugal. 33 Revoluções é o relato do dia-a-dia enfastiado de um burocrata numa cidade e numa ilha onde tudo se repete, como num disco riscado. A cidade cenário desta novela é a Havana dos anos 90 do século XX, ainda que o nome dela nunca seja referido, e o tédio, a frustração e o desencanto do protagonista pudessem acontecer em outros lugares do mundo. Com uma escrita ritmada e seca, 33 Revoluções apresenta uma visão crua e desencantada da vida em Cuba, mas recusa o dualismo das paixões extremas em que, como escreveu Canek, «parece haver só duas opiniões em confronto, quando na verdade são muitas mais as vozes participantes, abafadas pela gritaria de ambos os lados.»

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Autor(es)

Canek Sánchez Guevara

Nascido em Cuba em maio de 1974, Canek Sánchez Guevara chamou, inicialmente, a atenção do mundo por uma questão genética: era neto do icónico guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara (1928-1967), que se tornou imagem de marca dos ideais românticos da revolução cubana. A essa condição, suficiente para aguçar a curiosidade, juntava-se a visão muito crítica do regime de Fidel Castro, que Canek nunca escamoteou, embora recusasse fazer disso um modo de vida. Politicamente, definia-se como «anarquista, libertário, liberal ultrarradical, democrata subterrâneo, comunista-individualista, ego-socialista. Enfim, qualquer coisa que não me seja imposta e que eu não possa impor aos demais.» Com uma infância repartida por vários países e a adolescência vivida em Cuba, Canek saiu definitivamente da ilha em 1996, um ano após a morte da mãe, Hilda Beatriz Guevara Gadea e encetou o seu próprio caminho de «vagabundo profissional, observador internacional, antropólogo urbano, filósofo de supermercado, cronista do que carece de interesse, escritor de nada em concreto». Andarilho, anarquista, músico com passagens por bandas punk e de heavy metal, Canek também morreu prematuramente (aos 40 anos, em janeiro de 2015), deixando inédita uma obra que prometia fazer dele, por mérito próprio, uma das vozes mais estimulantes da nova literatura latino-americana.

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Viriato Teles

Nasceu em Ílhavo, em 1958. Jornalista profissional desde 1979, tem trabalhado como redator ou colaborador de diversas publicações (O Diário, Se7e, O Jornal, Visão, Grande Amadora, Público, Autores, Zoot, Jornal do Fundão, Diário do Alentejo), estações de rádio (RDP Antena 1, TSF) e de televisão (SIC, RTP). Escreveu guiões e realizou filmes documentais sobre cidades portuguesas e estrangeiras e efetuou reportagens em vários países da Europa e da América Latina. É ainda coautor de diversas canções e participou em festivais na Grécia (Salónica, 1992, com o tema que se classificou em primeiro lugar) e no Chile (Viña del Mar, 1994). Tem poemas dispersos por várias publicações, parte dos quais reunidos em 1998 no volume Margem para Dúvidas. Participou com ficções e textos poéticos em algumas obras coletivas e está representado em várias antologias, em Portugal e no estrangeiro. Publicou diversos livros de reportagem: As Voltas de um Andarilho (reportagem biográfica sobre José Afonso, 1999; edição corrigida e aumentada, 2009), Bocas de Cena (coletânea de entrevistas, 2003), Carlos do Carmo, do Fado e do Mundo (entrevista, 2003), Contas à Vida — Histórias do Tempo que Passa (vinte entrevistas a propósito do 30.º aniversário da Revolução dos Cravos, 2005) e A Utopia Segundo Che Guevara (reportagem biográfica sobre Ernesto Che Guevara, 2005). Para a Ponto de Fuga, traduziu e prefaciou a novela 33 Revoluções, de Canek Sánchez Guevara.

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