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Sinopse

“Gostava de um dia ler estes meus contos como se fossem de outra pessoa, de alguém que ao mesmo tempo sou eu e não sou eu. Escrevi-os sem atravessar as torturas que dizem ter o acto criativo. Ao contrário, deixei-me levar por uma voz interior pequena, quase muda e reticente, e de aparição instável, de tal modo que o subtítulo deste livro poderia ser "Contos da Pequeníssima Lua".
Penso que os contos são um modo de regressarmos a nós, à surpresa de ser e redescoberta da nossa identidade, e também são entretenimento. Esta é uma palavra de que a indústria dos média se apropriou para adormecer a nova tribo planetária, a tribo audiovisual. Porém, entreter tem um significado mais amplo do que uma simples diversão, tem a ver com um domínio do tempo, com uma suspensão do tempo, que o pode dilatar e fazer entrar no registo do tempo mítico.
Sendo assim estes contos foram escritos contra e a favor do tempo moderno. Contra, porque a fragmentação, nova formatação e compactamento do tempo moderno induzem experiências esquizofrénicas; a favor, porque tem de haver um tempo absolutamente moderno que abranja todos os tipos de tempo que até agora experienciámos.
Toquei em alguns personagens lendários da história de Portugal, e tratei de trazer à luz o seu lado obscuro, labiríntico, em vez da versão platónica que aprendi na infância. Para mim, a contemporaneidade mais vibrante brinca com uma re-apropriação e reinvenção de todos os passados e também com um certo jogo barroco do significante.
No entanto, nunca se consegue o objectivo; mesmo depois da flecha acertar no alvo, o alvo continua a voar. Talvez seja esse afinal o objectivo: encontrar um novo alvo”.

Miguel de Castro Henriques

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Autor

Miguel de Castro Henriques

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