Este livro alerta-nos para que tomemos em consideração os intensos e profundos debates sobre o conhecimento e que estes se refl ictam em torno do conhecimento escolar, aquele que é veiculado pelos currículos como se fosse o mais valioso...

É necessário reflectir não só sobre quem diz a “verdade” mas também sobre as condições em que essa verdade é dita. As mudanças nas relações através das quais os indivíduos são governados por outros e se governam a si próprios requerem que repensemos a própria sociologia do conhecimento.

Para além disso, as mudanças nas políticas de identidade, os movimentos sociais e a emergência da “comunidade” apontam para uma necessidade de formas conceptuais diferentes de interrogar as questões de poder e de educação.

A expressão todas as crianças engloba teses culturais dissimuladas sobre uma criança universalizada por quem a escola planeia assegurar um futuro de progresso e de felicidade individual. Digo dissimuladas porque o todas aparece na literatura e na investigação dos padrões de reforma como se todos “soubessem” quem é essa criança.