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Oríon

Mário Cláudio


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Sinopse

"Oríon" é o segundo romance de uma trilogia iniciada com "Ursamaior". Não se pense que é o seguimento do romance anterior. Muito pelo contrário. "Oríon" passa-se na floresta tropical de São Tomé e Príncipe, para onde foram deportadas inúmeras crianças judias, no séc. XV. O episódio é pouco conhecido (é referido pelos cronistas Garcia de Resende e Damião de Góis), mas chamou a atenção de Mário Cláudio, que fez dele uma reflexão "sobre as relações entre uma minoria e o poder" (entrevista a Valdemar Cruz, Expresso, 15/03/03). É esse o ponto de contacto com o romance anterior, tal como o facto de se tratar de novo de uma constelação (esta, de grande importância para os judeus), e de os personagens derem de novo 7. Abel é o narrador e o seu "discurso é impregnado pela febre tropical" (mesma entrevista), de que ressalta uma grande carga erótica, uma grande intensidade de vida (" Quem teve a experiência de viver num contexto tropical apercebe-se de que os sentidos funcionam no máximo da sua intensidade. Necessariamente que esses impulsos, que são básicos, tal como a voracidade, que também aparece - porque o estômago e o sexo são o sustentáculo da vida humana - , surgem com muita força." - mesma entrevista).

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Autor

Mário Cláudio

Vencedor do Grande Prémio Romance e Novela da APE, com "Tríptico da Salvação".

Escritor português, de nome verdadeiro Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nascido a 6 de novembro de 1941, no Porto. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde se diplomou também como bibliotecário-arquivista, e master of Arts em biblioteconomia e Ciências Documentais pelo University College de Londres, revelou-se como poeta com o volume Ciclo de Cypris (1969). Tradutor de autores como William Beckford, Odysseus Elytis, Nikos Gatsos e Virginia Woolf, foi, porém, como ficcionista que mais se afirmou.

Publicou com o nome próprio, uma vez que "Mário Cláudio" é pseudónimo, um Estudo do Analfabetismo em Portugal, obra que reúne a sua tese de mestrado e uma comunicação apresentada no 6.° Encontro de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas Portugueses, em 1978. Colaborador em várias publicações periódicas, como Loreto 13, Colóquio/Letras,Diário de Lisboa, Vértice, Jornal de Letras Artes e Ideias, O Jornal, entre outros, foi considerado pela crítica, desde a publicação de obras como Um Verão Assim, um autor para quem o verso e a prosa constituem modalidades intercambiáveis, detendo características comuns como a opacidade, a musicalidade e a rutura sintática, subvertendo a linearidade da leitura por uma escrita construída como "labirinto em espiral". A obra de Mário Cláudio apresenta uma faceta de investigador e de bibliófilo que, encontrando continuidade na sua atividade profissional, inscreve eruditamente cada um dos livros numa herança cultural e literária, portuguesa ou universal. Dir-se-ia que a sua escrita, seja romanesca, seja em coletâneas de pequenas narrativas (Itinerários, 1993), funciona como um espelho que devolve a cada período a sua imagem, perspetivada através de um rosto ou de um local, em que o próprio autor se reflete, e isto sem a preocupação de qualquer tipo de realismo, mas num todo difuso e compósito, capaz de evocar o sentido ou o tom de uma época que concorre ainda para formar a época presente.

Mário Cláudio recebeu, em 1985, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores por Amadeo (1984), o primeiro romance de um conjunto posteriormente intitulado Trilogia da Mão (1993), em 2001 recebeu o prémio novela da mesma associação pelo livro A Cidade no Bolso e, em dezembro de 2004, foi distinguido com o Prémio Pessoa. Para além das obras já mencionadas, são também da sua autoria Guilhermina (1986), A Quinta das Virtudes, (1991), Tocata para Dois Clarins (1992), O Pórtico da Glória (1997), Peregrinação de Barnabé das Índias (1998), Ursamaior (2000), Orion(2003), Amadeu (2003), Gémeos (2004) e Triunfo do Amor Português (2004). O autor tem também trabalhos publicados na área da poesia (como Ciclo de Cypris, 1969, Terra Sigillata, de 1982, e Dois Equinócios, de 1996), dos ensaios (Para o Estudo do Alfabetismo e da Relutância à Leitura em Portugal, de 1979, entre outros), do teatro (por exemplo, O Estranho Caso do Trapezista Azul, de 1999) e da literatura juvenil (A Bruxa, o Poeta e o Anjo, de 1996).


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