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Sinopse

Ramón Gómez de la Serna, figura maior da literatura espanhola do séc. XX, e Almada Negreiros, personalidade ímpar do modernismo em Portugal - Entre ambos uma amizade duradoura que, aquando da estadia de Almada em Madrid, foi responsável por uma colaboração com resultados extraordinários, e, até à edição do presente volume, largamente desconhecida em Portugal. Dela nos fala Fernando Cabral Martins: "A amizade que liga Almada e Ramón aquando da segunda estadia deste em Portugal, de 1924 a 1926, altura em que o madrileno constrói uma casa no Estoril, El Ventanal, e percorre de algum modo os círculos modernistas lisboetas, terá sido decerto um incentivo maior da ida de Almada para Madrid em 1927. Aliás, El alma de Almada, que Ramón publica em La Gaceta Literaria, e onde o define como um ser ímpar no meio da pintura e da literatura portuguesas, é um artigo que é publicado ainda antes da sua chegada a Madrid, o que indica alguma previsão dela e serve sem dúvida para a preparar. Será, de resto, sob o patrocínio dessa revista que Almada irá fazer a sua exposição de desenhos na capital espanhola, importante episódio do seu lançamento no meio." Esta é a edição que reúne, pela primeira vez em Portugal, e em fac-símile, o resultado do diálogo que durante alguns anos Serna e Almada mantiveram em alguns jornais semanários madrilenos.
Ramón Gómez de la Serna dizia: "Almada Negreiros é o ser ímpar no meio da pintura e da literatura portuguesas, sobre as quais salta de trapézio em trapézio.
É necessário conhecer o espírito de Lisboa para ter-se uma ideia perfeita deste ser feito de nostalgias e de ilusões loucas que se carteia com a lua.
Como filho da noite nostálgica de Portugal, que em Lisboa tem delíquios frenéticos, é o homem desarticulado e serpentino que o muito luar rebrandeceu. Adiantou-se a esses bonecos que descansam nos sofás dos salões, desmaiados, com as compridas pernas de sedosa aranha em balanceio de morte. Ele foi, desde muito tempo já, um desses bonecos que, nas mãos da inspiração, despertam, se galvanizam e bailam a tarantela jazzbândica."

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Autor(es)

José de Almada Negreiros

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Ramón Gómez de la Serna

"Ramón Goméz de la Serna, ou simplesmente Ramón, como toda a Europa e América Latina artísticas o conheceram nos anos 20 ou 30, nasceu em Madrid em 1888. Aos vinte anos dirige uma revista literária ('Prometeo') que durou até 1912. Interessado por tudo o que é moderno, funda, em 1915, na Calle de Carretas, não muito longe da Puerta del Sol, a tertúlia do 'Café del Pombo' por onde irá passar toda a 'intelligentsia' espanhola, e não só, atraída pela sua fama de grande mestre do humor e da vanguarda. Tentou criar em Madrid um ambiente cosmopolita e verdadeiramente moderno. Viajou muito - viveu em Paris, Nápoles, Genebra, construiu uma moradia no Estoril onde passou largas temporadas, mas é sobretudo Madrid que palpita na sua obra. Obra imensa - de todos os géneros que existiam e que não existiam: romances ('La Viuda Blanca y Negra', 'La Quinta de Palmyra', 'Seis Falsas Novelas', 'La Nardo', 'La Mujer de Ambar'), crónicas ('El Rastro', 'Toda la História de Puerta del Sol', 'La Proclama del Pombo'&), biografias ('Lope Viviente', 'Ramón del Valle Inclán', 'Goya', 'Oscar Wilde', 'Velasquez'&), ensaios ('El Circo', 'Senos'&), autobiografia ('El Libro Mudo', 'Secretos', 'Automoribundia')& numa lista de duzentos títulos. Foi traduzido por toda a Europa. Com Chaplin e Pitigrilli, foi o único estrangeiro admitido na Academia de Humor Francesa. E Valéry Larbaud, que poucas vezes se enganou, dele disse 'Com Proust e Joyce é um dos maiores escritores do século XX'. Em 1936, com o deflagrar da Guerra Civil, parte para Buenos Aires onde conhecera Luisa Sofovitch que o acompanhou até à morte em 1963."

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