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Sinopse

António Jorge Silva escolheu um verso de Sophia que fala da alma e da maresia da sua metade. […] Pedro Tropa fez seu um verso dela que diz a construção como promessa da destruição. […] Duarte Belo guarda a memória do único encontro que teve com ela. […] — e dessa memória faz um fio de Ariadne num labirinto de lugares iluminados pela luz e pela sombra das cores. 

Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Lugares de Sophia», de António Jorge Silva, Duarte Belo e Pedro Tropa, com curadoria de Federico Bertolazzi e José Manuel dos Santos, realizada no Centro Cultural de Lagos entre 14 de Setembro e 26 de Outubro, na ala sul do Claustro do antigo Convento do Carmo, actual Parada de Cavalaria do Quartel do Carmo entre 12 de Novembro e 27 de Dezembro de 2019 e na Biblioteca Municipal de Loulé entre 21 de Março e 9 de Maio de 2020. 

Para Sophia de Mello Breyner Andresen a poesia sempre principiou na concretude do real. A sua atenção, concentrada nas coisas, almeja o desvelamento da verdade primordial do ser no seio do aparecer, num processo de nomeação exacta no qual a beleza e a verdade coincidem. É este, como ela própria diz, o «estar-ser-inicial», o brilho que, no rolar da vida, suspende o tempo, ou, sempre com palavras de Sophia, o «instante que surpreende e fita e enfrenta a eternidade». Assim, o poeta cria o domínio da «terrível pureza», domínio em que não há lugar para a mentira, e a verdade reina e impõe o seu clarão. [Federico Bertolazzi] 

Cada um dos três fotógrafos tem mais olhares no seu olhar do que o olhar desse próprio olhar — e o encontro de todos eles nesta exposição dá-nos uma multiplicação e não uma soma. Eles implicam-se e explicam-se uns nos outros, multiplicam-se uns pelos outros, intensificam-se, acrescentam-se, aumentam-se, abrem-se, desdobram-se, conluiam-se e concluem-se uns aos outros, reflectindo as suas visões volúveis e veementes num espelho sem superfície e ecoando as suas vozes visuais e votivas num túnel sem saída. Cada um dos fotógrafos não olha apenas os lugares da vida e da obra de Sophia com um olhar único e fitado. Cada um deles olha esses lugares com o seu olhar e olha também, neles, o olhar de Sophia a olhá-los. [José Manuel dos Santos]

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Autor(es)

António Jorge Silva

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Pedro Tropa

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Duarte Belo

Duarte Belo (Lisboa, 1968). Formação em Arquitetura (1991). Desde 1986 que trabalha no levantamento fotográfico sistemático da paisagem, formas de povoamento e arquiteturas em Portugal. Este trabalho continuado sobre o território deu origem a um arquivo fotográfico de mais de 1.930.000 fotografias. Publicou vários livros sobre o tempo e a forma do território português, de que se destacam: Portugal — O Sabor da Terra (1997-1998); Portugal Património (2007-2008) e a trilogia 15-5-20, composta pelos volumes Caminhar Oblíquo; Depois da Estrada e Viagem Maior (2020). De outros projetos editados em livro poderíamos referir O Vento Sobre a Terra (2002); Território em Espera (2005); Fogo Frio (2008); Portugal Luz e Sombra (2012); A Linha do Tua; (2013); Magna Terra (2018). Tem trabalhado sobre nomes relevantes da cultura portuguesa, como Mário de Cesariny, Ruy Belo, Maria Gabriela Llansol, Alberto Carneiro, Miguel Torga ou Sophia de Mello Breyner. Expõe desde 1987. Lecionou áreas relacionadas com a fotografia e a arquitetura. Foi curador de várias exposições. Participa regularmente em conferências sobre paisagem, arquitetura e fotografia. É editor do blog Cidade Infinita, que reúne textos e fotografias de reflexão sobre espaço, tempo e processo em fotografia.

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