Nesta obra, o autor começa por contextualiza a evolução e surgimento do conceito de jornalismo na história, desde a Grécia antiga. Constrói, também, uma ponte de ligação à importância das mulheres, ao longo da história, na disseminação de informação e conhecimento. Essa introdução torna-se relevante para chegar aos dias de hoje e tentar compreender a razão por que estas são as mais atacadas no campo do jornalismo. Não sendo o género o único a receber ameaças, é, no entanto, aquele que mais sofre com o discurso de ódio. Isto traz consequências para o jornalismo, uma vez que condiciona a própria liberdade de 

expressão, pois muitas das jornalistas acabam por se retrair de divulgar determinadas informações pelo medo de represálias. Outro fator condicionante revelado pelo autor é a normalização destes episódios dentro das próprias redações, sendo que a situação se vai perpetuando.

Assim, Bruno Frutuoso Costa, revela esta situação através de um conjunto de entrevistas a diversas jornalistas mulheres, testemunhas ou vítimas de episódios de discurso de ódio, em que terão ocorrido ameaças sucessivas ou mesmo agressões.