Detalhes do Produto
- Editora: Edições Sílabo
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- Ano: 2022
- ISBN: 9789895612666
- Número de páginas: 240
- Edição: 1
- Capa: Brochada
Sinopse
Parafraseando Paul Éluard (‘não há modelo para quem procura o que nunca viu’, Londres, 1936) afigura-se que não poderá haver decisão racional sobre aquilo que não se conhece. Daí, a importância, crucial, que a Informação assume no contexto da ação gestiva e organizacional – por que é a Informação que, potencialmente, diminui o grau de incerteza ou de ignorância do decisor sobre aquilo em que quer intervir ou atuar.
Ora, de tal trivial constatação decorre, inexoravelmente, que a Informação tem de ter um Valor – como, inclusive, o art.º 35.º da Constituição da República parece reconhecer!
Historicamente a Gestão preocupou-se com a racionalização da utilização e consumo dos diversos recursos económicos (Terra, Equipamentos, Capitais, Pessoas), mas, sobretudo a partir de meados dos século XX, o principal agente económico deixou de ser o indivíduo e passou a ser a ‘Organização’ – e esta, nomeadamente, em consequência da internacionalização e da mundialização dos negócios, configurou-se, crescentemente, como Organização Baseada na Informação (OBI).
Em consequência, a Informação tornou-se no recurso (e bem económico), relativamente, mais importante, exigindo cuidados, preocupações técnicas e científicas adicionais na sua produção, armazenamento, utilização e Gestão, tendo surgido uma panóplia de tecnologias que têm impactos, significativos, no trabalho da Gestão – mas, que não substituem, nunca, o trabalho do Gestor.
Aliás, basta analisar ‘a morfologia e o metabolismo do processo decisório’, que constitui o trabalho do Gestor, para verificar em que consistiria tal contra senso.
Todavia, o mainstream, os fornecedores (ditos ‘parceiros’!), o discurso público, os média e, até, algum discurso académico continuam a enfatizar, a endeusar, a mitificar e a mistificar as Tecnologias da Informação como fatores, causais, de Produtividade e, até, de Competitividade – conclusões que a realidade económica e social e a investigação não confirmam (e que seria o novo ‘ovo de colombo’ para as Organizações não competitivas...), nem nas ‘indústrias’, nem na Administração do Estado.
Como no texto do livro se desenvolve, o grande, decisivo e sustentável fator de Competitividade é a Gestão – e, sobretudo, no cumprimento de um elevado grau de concretização dos objetivos (eficácia), na prossecução da ‘Gestão pelos custos’, na busca da ‘rendabilização’ (também) do processo de produção e utilização da Informação e na ‘Gestão pelos resultados’ obtidos com a utilização daquelas tecnologias.
Finalmente, dada a natureza daquela relação umbilical da Informação com a Gestão (dois lados da mesma moeda), a importância patrimonial e reditual que a Informação, crescentemente, assume nos agregados económicos e financeiros das Organizações e, não menos importante, a sua contribuição, potencial, para a Competitividade das Organizações, propõe-se e justifica-se que a Gestão da Informação seja, diretamente, da responsabilidade do Top Management – isto é, que se consubstancie numa efetiva ‘Governança da Informação e dos Sistemas de Informação’.
Almiro de Oliveira