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Detalhes do Produto

Sinopse

A linguagem destes inumeráveis géneros de coisas assemelha-se ao lixo que as marés lançam à praia ou aos ramos secos das podas que ao longo de um Verão se acumularam e aguardam os dias chuvosos do Outono para que possam arder numa queimada.

 

Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Pedro Valdez Cardoso: História da Vida Privada» que teve lugar na Galeria 111, Lisboa, entre 11 de Novembro e 30 de Dezembro de 2017.

Plásticos, sob a forma de alguidares, ossos, vegetais… Madeira, sisal, cartão, linhas, cartolina, tecido, silicone, papel fotográfico, mapas, borracha, papel-manteiga, esferográfica, cordão, fita adesiva, papel químico, cimento, couro, latas de alumínio, cerâmica, cabelo artificial, porção de rocha, vidro, pano turco, esferovite, tela, napa, marcadores…

Materiais por onde se desenvolve e amplifica a criatividade na obra de Pedro Valdez Cardoso. E estarei longe de os ter esgotado. Eles são o instrumento por onde a sua arte percorre, interiorizando, em cada objecto que nos propõe, pensamentos sobre a conexão entre os instintos e um psiquismo que não se querem limitados nem pelo tempo nem pelo espaço e que evocam um aparentemente perdido mundo real.

[...]

O silêncio percorre quase sempre o trabalho de Valdez Cardoso. Um silêncio de mármore. Podemos tocá-lo. Liso. Profundo. Como se fosse a passagem de uns dedos sobre o nosso rosto, discretos. São obras de grande solidão aquelas com que nos deparamos, porque um círculo longínquo protege-as. Fogem da nossa inquietação, à semelhança de aves migratórias, que vivendo na distância dos céus ao modo de todas as aves, partem para um país longínquo na busca de um novo e outro silêncio.

[João Miguel Fernandes Jorge]

 

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Autor

Pedro Valdez Cardoso

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