Na Primavera de 711 d. C., 7 000 guerreiros árabes e berberes sob o comando de Tariq, o Governador de Tânger, desembarcam nos flancos do, a partir de então chamado, Rochedo de Tariq (Djebel al-Tariq), alias Gibraltar.
 Dava-se então início a um dos mais prolongados embates entre o Ocidente e o Oriente. Deste primeiro embate, conta-se a destruição quase total das forças visigóticas e a morte do seu líder, Rodrigo. A vaga de conquista Omíada só pararia além-Pirinéus, nas longínquas terras de Poitiers.
 Reduzidos às altas montanhas cantábricas, para além dos desérticos planaltos do Douro, os poucos resistentes conseguiram reagrupar-se e, em 722, na batalha de Covadonga, Pelágio infligiu o primeiro de muitos revezes, para ambos os lados, que só terminariam na noite de 1 de Janeiro de 1493, com o hastear dos estandartes de Castela e da Ordem de Santiago na Torre de la Vela do palácio Alhambra no reino Nazerí (Nasr) de Granada e a posterior expulsão de 300 000 mouriscos para o Norte de África.
 Cruzada do Ocidente, a Reconquista é um dos mais importantes factos que marcaram a especificidade e pluralidade dos povos e da História Ibérica. Marcam o aparecimento e a existência do território português, o nosso povo, a nossa língua, os nossos costumes e apelidos.