Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
- Categorias:
- Ano: 2021
- ISBN: 9789895660605
- Número de páginas: 138
- Capa: Brochada
Sinopse
Ali, naquela rua, havia sempre uma porta aberta, dava acesso à escada que curvava antes de se chegar à entrada principal. Na curvatura da escada ressaltavam dois pontos de interesse, um postigo alto, aberto, encimado por uma clarabóia colorida que iluminava e reflectia, à noite, luzes cintilantes sobre a escadaria. Quem subisse as escadas entrava directamente num corredor.
Na casa vivia uma miúda, filha única dum casal alentejano dos quatro costados. A miúda sempre se habituou a ver a porta aberta e acessível a quem quisesse subir até ao alto das escadas, cresceu com este hábito instalado, que foi sempre muito do seu agrado. Sabia que as portas de entrada das casas da sua rua estavam fechadas e possuíam batentes ou aldrabas para anunciarem quem viesse a chegar.
[A Autora] decidindo não escrever na primeira pessoa e assumindo nome diferente do seu, é evidente que ela não podia ausentar-se deste livro. Mas, ao lê-lo, desde o título, sinto que a sua intenção, a principal (e, quando omite o seu nome, talvez já esteja afirmando essa intenção), é marcar, sublinhar intensamente, os lugares de onde veio e as pessoas que estiveram na origem da sua formação: Ferreira do Alentejo; a sua “Nova Pensão”, a Pensão de Porta Aberta; os avós; os pais; os tios; toda a família, incluindo a que ela própria formou e, também, naturalmente, a Maria espanhola, que, ainda que não o fosse, acabava por ser um dos seus membros; sem sequer esquecer colegas, como a Rita e a Ivone, com as quais também eu partilhei aulas.
[MARTINHO MARQUES]
Ler mais