Tudo aponta para que seja o ambiente de treino o factor chave na produção de efeitos positivos ou negativos sobre o praticante, potenciado pela acção dos outros significantes. A criação e o reforço das condições ambientais do Desporto tem lugar no particular clima organizacional dos clubes desportivos. Torna-se pertinente afirmar que a carga educativa da prática desportiva se concretiza e desenvolve maioritariamente no âmbito do clube.
Esta particular forma de associativismo reveste características muito próprias e tem acompanhado, por vezes a contragosto, a evolução da sociedade em que se insere. Carregados de um valor simbólico forte, quase irracional, são o principal receptor e catalisador do voluntariado desportivo, e têm sido objecto de análise nos últimos anos, até pela sua pretensa inadequação a tempos mais avessos à participação desinteressada e empenhada.
Resulta evidente que os clubes mostram uma notável resiliência e continuam a atrair pessoas para a sua oferta desportiva, mesmo que em condições materiais penosas. Para lá da vertente educativa, pedagógica, o serviço prestado por estas pequenas organizações, muitas vezes sumárias organizações, representa um desafio político especialmente ao nível local.