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Se todos aprendemos a escrever porque não acontece o mesmo com desenhar? Por razões várias, o desenho evapora-se muito cedo das nossas vidas (não das vidas de todos, mas de quase todos nós). 
O tempo que a escola guarda para as atividades artísticas  é próximo do zero e o mesmo sucede com o tempo que reservamos, nos nossos dias, à contemplação ou às experiências de observação mais demoradas. O desenho não é valorizado. E é pena.
Com as velocidades estonteantes que o mundo está a atingir, quase apetece dizer que o desenho deveria ser uma paragem obrigatória!  Porque o desenho é uma ferramenta incrível e, através dele, podemos, desenhadores de todas as idades, dar uma atenção diferente às coisas, aos lugares e às pessoas.
 
“Desenho Livre” propõe isso mesmo. Ao longo de um passeio  pelo mundo do desenho e da cor, dos pontos e das linhas, da luz e da sombra, Andrés Sandoval convida-nos a recuperar o prazer do desenho e a refletir sobre o gesto de desenhar e colorir. Guiados por um menino-lápis de pensamentos desenhados, conhecemos cores surpreendentes, participamos nos movimentos e nas ações que o desenho pode representar ou perdemo-nos entre um jardim botânico muito especial.
 
“Desenho Livre” é um livro para todas as idades: para leitores que gostam de desenhar e pintar, mas também para todos aqueles que se sentem intimidados (ou apavorados!) pelo desenho e pela cor.