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Correspondência Agustina-Régio (1955-1968)

Obras de Agustina Bessa-Luís

Agustina Bessa-Luís

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Sinopse

«Data a primeira carta de Agustina para José Régio de Setembro de 1955, e aí começou a correspondência entre os dois, que se manteve por 13 anos. […]

Ao longo da correspondência, cada um vai dando a conhecer ao outro o livro que escreve, ou que saiu, e comenta-o com elegância e admiração mútua. […]

Sobretudo o que transparece deste diálogo é uma grande amizade. Agustina vai-se dedicando, revelando a sua qualidade humana, e manifesta para com José Régio um sentimento protector. Quando o aconselha a mudar-se para uma cidade, até lhe sugere uma casa na Rua de Belomonte, no Porto.»


[Do Prefácio de Mónica Baldaque]


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Autor

Agustina Bessa-Luís

Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa nasceu no dia 15 de Outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante. Viveu a maior parte da sua vida no Porto. Publicou o primeiro livro, a novela Mundo Fechado, em 1948, muito elogiado por Pascoaes e Aquilino. Seguiram-se, com especial destaque, os Contos Impopulares (1951-1953) e, em 1954, o duplamente premiado romance A Sibila, que, no dizer de Eduardo Lourenço, «deslocou o centro da atenção literária».

Agustina iniciou então, em vertiginoso ritmo, a edição de muitas dezenas de obras percorrendo todos os géneros literários, incluindo a imprensa periódica, simultaneamente com a representação de Portugal em organismos internacionais, tais como o Congress for Cultural Freedom (1959) e a Communità Europea degli Scritori (1961/62). Tem a Laurea Honoris Causa da Università degli Studi di Roma «Tor Vergata» (2008).

Foi distinguida com o grau de Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres, atribuído pelo Governo francês em 1989.

Foi Sócia Emérita da Academia das Ciências de Lisboa. Viajou e usou da palavra por quase todo o mundo. Entre outros, foram-lhe conferidos o Prémio Ricardo Malheiros (A. C. L.) 1966 e 1977, o Prémio Adelaide Ristori (Centro Cultural Italiano de Roma, 1975), o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 1983 e 2001, o Prémio Internacional União Latina 1997, o Prémio Camões 2004 e o Prémio de Literatura do Festival Grinzane Cinema de Turim 2005.

«Eu considero-a com Fernando Pessoa um dos dois escritores verdadeiramente geniais que Portugal produziu no século xx, e creio que todos os outros estão muito, mas muito abaixo deles. Mais, para mim a Agustina é o maior escritor em prosa de toda a literatura portuguesa» (António José Saraiva, in António José Saraiva e Óscar Lopes: Correspondência).

Morreu com 96 anos, a 3 de Junho de 2019.

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