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Sinopse

Podemos dizer que estes instantâneos, livres de mordaças sociais, ou políticas, são expostos sem preconceitos, apelando ao nosso sentido crítico e reflexão, porque na humana abertura de pensamento de Helena Pato, os preconceitos são como altos muros que separam as pessoas de diferente condição e nada – nem o desigual nascimento, nem a situação de miséria, nem a falta de acesso a bens elementares como saúde, ou educação – podem negar ao indivíduo desafortunado o estatuto de ser humano.

CONTRALUZ apresenta-se-nos assim como um mapa de afectos. Os retratos desta colectânea com situações do quotidiano, assentam na imprevisibilidade da vida, sem regras fixas nem fórmulas milagrosas. A sóbria elegância deste volume de ficção converte-se assim numa interioridade que se abre aos leitores numa espécie de exorcismo de fantasmas opressivos. É um convite aliciante para uma viagem pela escrita sensorial de Helena Pato. [MARIA HELENA VENTURA, Prefácio] ***

Vá-se lá saber porquê, um dia apareceram-me umas quantas criaturas a oferecerem-se como personagens de ficção. Sem rodeios, deram-me conta de que, se conseguisse acomodá-las, poderíamos conviver por uns tempos. Foram dizendo que esperavam respeitinho e seriam elas a ditar o «onde», o «como» e o «quando». Tinham muito para contar, mas não admitiam ser barradas, manipuladas ou maltratadas e queriam vestir fatos de bom corte. Exigências de superstars, como se perceberá...

Ao procurar captar as personagens, olhando-as frequentemente em contraluz, reflecti-me em algumas, exasperei-me com outras tantas e odiei meia dúzia.

[HELENA PATO, Posfácio)

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Autor

Helena Pato

Helena Pato nasceu em Mamarrosa (Aveiro), em 1939. Militou activamente na Resistência, durante as duas décadas que antecederam a Revolução, tendo sido presa e detida várias vezes pela polícia política. Acompanhou o marido no exílio até ao seu falecimento, em 1965. Em 1967 esteve presa seis meses na Cadeia de Caxias, sempre em regime de isolamento. Dirigente estudantil (1958 a 1962); dirigente política da CDE (1969 a 1970); fundadora do MDM (1969) e sua dirigente (1969 a 1971). Integrou o núcleo de professores que, durante o fascismo, dirigiu o movimento associativo docente (1971 a 1974). Fundadora dos sindicatos de professores (1974), foi dirigente do SPGL nos seus primeiros anos. 
Licenciada em Matemática, a sua vida profissional foi dedicada ao ensino de crianças e de jovens e à formação docente: leccionou durante 36 anos no ensino público e publicou livros e estudos, no âmbito da Pedagogia e da Didáctica da Matemática. Coordenou Suplementos de Ciência e de Educação em jornais diários. 
Dirigente do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM), desde 2008; presidente do NAM de 2012 a 2014. Em 2013 criou no facebook e coordena, desde então, a página Antifascistas da Resistência e o grupo Fascismo Nunca Mais. Publicou dois livros de memórias do fascismo: Saudação, Flausinas, Moedas e Simones (2005, Editora Campo das Letras) e Já uma Estrela se Levanta (2011, Editora Tágide).

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