Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
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- Ano: 2022
- ISBN: 9789895661251
- Número de páginas: 190
- Capa: Brochada
Sinopse
Podemos dizer que estes instantâneos, livres de mordaças sociais, ou políticas, são expostos sem preconceitos, apelando ao nosso sentido crítico e reflexão, porque na humana abertura de pensamento de Helena Pato, os preconceitos são como altos muros que separam as pessoas de diferente condição e nada – nem o desigual nascimento, nem a situação de miséria, nem a falta de acesso a bens elementares como saúde, ou educação – podem negar ao indivíduo desafortunado o estatuto de ser humano.
CONTRALUZ apresenta-se-nos assim como um mapa de afectos. Os retratos desta colectânea com situações do quotidiano, assentam na imprevisibilidade da vida, sem regras fixas nem fórmulas milagrosas. A sóbria elegância deste volume de ficção converte-se assim numa interioridade que se abre aos leitores numa espécie de exorcismo de fantasmas opressivos. É um convite aliciante para uma viagem pela escrita sensorial de Helena Pato. [MARIA HELENA VENTURA, Prefácio] ***
Vá-se lá saber porquê, um dia apareceram-me umas quantas criaturas a oferecerem-se como personagens de ficção. Sem rodeios, deram-me conta de que, se conseguisse acomodá-las, poderíamos conviver por uns tempos. Foram dizendo que esperavam respeitinho e seriam elas a ditar o «onde», o «como» e o «quando». Tinham muito para contar, mas não admitiam ser barradas, manipuladas ou maltratadas e queriam vestir fatos de bom corte. Exigências de superstars, como se perceberá...
Ao procurar captar as personagens, olhando-as frequentemente em contraluz, reflecti-me em algumas, exasperei-me com outras tantas e odiei meia dúzia.
[HELENA PATO, Posfácio)
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