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Sinopse

Vinte e três contos memoráveis que Isabel Allende escreveu, como sempre, com requintada precisão e um profundo conhecimento da alma humana. Uma menina solitária apaixona-se pelo amante da sua mãe e durante as tórridas sestas na pensão onde vive, inventa misteriosas cerimónias que os conduzem à beira de um abismo profundo. De uma casa abandonada salvam uma velha que lá permaneceu encerrada, durante meio século, por um caudilho ciumento. Quando aparece à luz, nua, arrastando o cabelo branco pelo chão e cega de tanto esforçar a vista na penumbra, tinha esquecido o seu próprio nome. No fragor de um assalto, entre o incêndio e o ruído da pólvora, um homem viola uma rapariga e mata o seu pai. Viverá perseguido pela recordação até regressar ao lugar dos seus crimes, onde a mulher o aguarda para se vingar. Estas são algumas das fascinantes personagens das histórias contadas por Eva Luna. Entre elas voltamos a encontrar Rolf Carlé, o fotógrafo marcado pelos horrores da guerra, Riad Halabí, o árabe de coração compassivo, a professora Inês, o Benfeitor e outros que os leitores de Eva Luna conhecem. Um fino fio narrativo é o que dá unidade nestas histórias de amor e violência. O tom é sempre contido, quase secreto, em contraste com as ricas imagens, a paisagem exuberante e as extravagantes paixões que determinam o destino das personagens.

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Autor

Isabel Allende

Isabel Allende nasceu em 1942 no Peru. Viveu no Chile entre 1945 e 1975, com largos períodos de residência noutros locais, na Venezuela até 1988 e, desde então, na Califórnia. Em 1982, o seu primeiro romance, A casa dos espíritos, converteu-se num dos títulos míticos da literatura latino-americana. Seguiram-se muitos outros, todos êxitos internacionais.

A sua obra está traduzida em trinta e cinco línguas. Entre outras distinções, foi galardoada com o Prémio Nacional de Literatura do Chile e agraciada, em 2014, com a Medalha Presidencial da Liberdade, por Barack Obama. Em setembro de 2020 recebeu o Prémio Liber, outorgado pela Federación de Gremios de Editores de España, que a classifica como a autora latino-americana mais destacada da atualidade.

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