Citizen Kane conta a história de Charles Foster Kane, um menino pobre que acaba por se tornar um dos homens mais ricos do mundo. O filme inicia com a sua morte, momentos antes da qual pronuncia a palavra Rosebud. Após dias de sensacionalismo em cima da notícia de sua morte, o jornalista Jerry Thompson recebe o encargo de investigar a vida de Kane, a fim de descobrir o significado de sua última palavra. Ele entrevista as pessoas mais próximas do protagonista, como o secretário Bernstein, o melhor amigo Leland, a segunda esposa, Susan Alexander, e o mordomo da mansão, além de consultar o diário pessoal de Thatcher, o falecido tutor e administrador dos bens de Kane. Com isso, mergulha na vida de um homem solitário, que desde a infância é obrigado a seguir a vontade alheia. Ninguém a seu redor importa-se com Kane, que busca por meio da aquisição de bens a adoração das pessoas. Ao final, Thompson, após a exaustiva investigação da vida de Kane através de entrevistas, se vê incapaz de descobrir o significado da palavra, concluindo que Charles Foster Kane "foi um homem que possuiu tudo o que quis, e depois perdeu tudo. Talvez Rosebud seja algo que ele nunca tenha possuído, ou algo que tenha perdido. Mas não explicaria tudo. Nenhuma palavra pode explicar a vida de um homem". No entanto, quando o filme termina, o público descobre o real significado de Rosebud: tratava-se do trenó da infância de Kane - uma alusão à única fase de sua vida em que ele realmente foi feliz. O trenó, considerado lixo, é queimado num forno pelas pessoas que estavam partindo de Xanadu, a mansão de Kane na Flórida.
Ler mais
Lauro António
Lauro António, (18 de Agosto de 1942) licenciado em História pela Faculdade de Letras de Lisboa, é realizador, escritor, documentarista e divulgador cinematográfico.
Membro do Cineclube Universitário de Lisboa e mais tarde dirigente cineclubista Cineclube Universitário de Lisboa e do ABC Cine Clube de Lisboa, inicia a sua actividade de dirigente cineclubista e programador de salas de Cinemas de Arte e Ensaio (Estúdio Apolo 7º, Caleidoscópio e Foco.
Em cinema realizou as longas-metragens “Manhã Submersa” (1980), filme de referência nacional e internacional, que estreou no Festival de Cannes e “O Vestido Cor de Fogo” (1985) e as curtas-metragens “Prefácio a Vergílio Ferreira”, “O Zé Povinho na Revolução”, “Vamos ao Nimas”, entre outras.
Em televisão, realizou a série “Histórias de Mulheres” e os telefilmes “A Bela e a Rosa”, “Paisagem Sem Barcos” e “Casino Oceano”, e “A Paródia”, “Humberto Delgado: Obviamente, Demito-o!” ou “Cantando Espalharei…”.
Presente em centenas de festivais e Semanas de Cinema Português, recebeu diversos prémios nacionais e internacionais, e os seus filmes foram vendidos para circuitos comerciais e televisões em dezenas de países em cinco continentes diferentes. Foi também júri de Diversos Festivais de Cinema em Portugal e no estrangeiro.
Enquanto crítico ensaísta de cinema, conta com mais de cinco dezenas de obras publicadas, entre as quais: “O Cinema Entre Nós”; “Cinema e Censura em Portugal”; “Horror Film Show – O Cinema Fantástico nos Anos 70”, “Figueira da Foz – 10 Anos de Festival”; ” Cinema e Comunicação Social”; “Lauro António Apresenta..”, “A Memória das Sombras”, “O Ensino, o Cinema e o Audiovisual”, entre dezenas de outros. Tem exercido regularmente a crítica cinematográfica em várias publicações, colaborando com o Diário de Lisboa (1967-1975), Diário de Notícias (1976-198), A Bola, entre outros.
Em 2010, comemorou 50 anos de carreira com uma homenagem, exposição e ciclo dedicado à sua obra no Teatro da Trindade. Recebeu, em 2018, o Prémio Sophia Carreira e, no mesmo ano, foi homenageado pelo Fantasporto.
Ler mais