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Cartas Amorosas de uma Religiosa Portuguesa

Soror Mariana Alcoforado

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Sinopse

Primeiro publicadas em Paris, em 1669, sob autoria anónima, as cinco cartas que aqui se reúnem são o retrato de um romance malfadado - e um dos mais impressionantes textos que se conhecem sobre a solidão, a ansiedade amorosa e a entrega total e que acabaram consideradas um dos clássicos da literatura mundial.
Só em 1810 a autoria seria atribuída a Mariana Alcoforado (1640-1723), freira do convento da Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Beja, em Portugal. O suposto destinatário era um certo cavalheiro De Chamilly, oficial do exército francês que servira em terras lusas.
Stendhal, Sainte-Beuve, Rilke e Rousseau impressionaram-se com o teor de tais missivas, tendo este último inclusivamente, desconfiado da qualidade e da força dos textos, colocando mesmo em causa a sua autoria: "As mulheres não gostam de arte... é possível que alcancem algum sucesso com pequenos trabalhos que só necessitem de algum espírito e malícia. Elas não sabem descrever ou sentir o amor. Aposto tudo em como estas cartas foram escritas por um homem."

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Autor

Soror Mariana Alcoforado

Mariana Alcoforado (1640-1723) foi uma religiosa portuguesa a quem foi atribuída a autoria de umas famosas Cartas que circularam por toda a Europa. Nasceu em Beja, em 1640, no seio de uma importante família oriunda da cidade.

Por decisão dos pais, foi destinada, desde muito jovem, à vida religiosa. Ingressou como educanda, ainda antes de completar 11 anos, no convento de Nossa Senhora da Conceição, a mais importante instituição religiosa de Beja, onde professou e tomou votos aos 16 anos. Durante a sua longa vida conventual, exerceu, entre outros cargos, os de porteira, escrivã e vigária. Morreu em 1723.

O nome de Madre D. Mariana Alcoforado, apenas lembrado nos papéis do arquivo conventual, ficaria sepultado, à imagem do que aconteceu a tantas outras freiras, se não fosse o caso de um erudito francês, Jean-François Boissonade, ter revelado, em 1810, um dado sensacional: foi ela a autora das famosas Lettres Portugaises, cinco cartas de amor dirigidas por uma certa Mariana, religiosa num convento de Portugal, a Noël Bouton, mais tarde marquês de Chamilly, militar da força expedicionária francesa que combateu nas fileiras lusas durante a fase final da Guerra da Restauração, entre 1664 e 1667. Desde a sua publicação em 1669, sob a chancela do editor parisiense Claude Barbin, até hoje, esta obra retrata uma paixão dramática que faz parte do património literário universal. Constituem também um clássico da literatura francesa do tempo de Luís XIV, cuja escrita, plausivelmente inspirada pela história real – e pelas cartas do punho da própria Mariana Alcoforado –, é atribuída a um notável autor desse período, Gabriel Joseph de Lavergne, conde de Guilleragues (1628-1685).


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