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Detalhes do Produto

Sinopse

«A presente edição crítica foi, portanto, preparada a partir da primeira edição publicada em folhetins, ou seja, a edição composta na tipografia do Aurora do Lima a partir de manuscrito camiliano, e aquela que mais se aproxima da última vontade do autor. Não apenas por esta razão, mas também porque as operações de revisão nela feitas por terceiros e não autorizadas pelo autor, tendo tido natureza mais mecânica, terão estado sobretudo concentradas na transmissão do manuscrito. É a primeira vez que assim se procede, uma vez que, até à data, as edições do Carlota Ângela ofereceram o texto da última edição saída em vida do autor, com aceitação de múltiplas deturpações que os revisores foram fazendo,40 no errado pressuposto de que Camilo Castelo Branco acompanhou as edições de todos os seus livros enquanto esteve vivo ou, pelo menos, enquanto a cegueira o não impediu. Na verdade, é importante sublinhar que o caso Carlota Ângela põe em causa este pressuposto: não foi assim, ou nem sempre foi assim. Razão pela qual, para efeitos de edição crítica do corpus camiliano, a identificação da autoridade dos testemunhos implica a pesquisa das circunstâncias de publicação dos romances, aconselhada pela própria complexidade dos negócios editoriais em que Camilo Castelo Branco se envolveu.» in Nota Editorial


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Autor

Camilo Castelo Branco

Nasceu em 1825, em Lisboa, e faleceu em 1890, em S. Miguel de Seide (Famalicão). Com uma breve passagem pelo curso de Medicina, estreia- -se nas letras em 1845 e em 1851 publica o seu primeiro romance, Anátema. Em 1860, na sequência de um processo de adultério desencadeado pelo marido de Ana Plácido, com quem mantinha um relacionamento amoroso desde 1856, Camilo e Ana Plácido são presos, acabando absolvidos no ano seguinte por D. Pedro V. Entre 1862 e 1863, Camilo publica onze novelas e romances, atingindo uma notoriedade dificilmente igualável. Tornou-se o primeiro escritor profissional em Portugal, dotado de uma capacidade prodigiosa para efabular a partir da observação da sociedade, com inclinação para a intriga e análise passionais. Considerado o expoente do romantismo em Portugal, autor de obras centrais na história da literatura nacional, como Amor de Perdição, A Queda dum Anjo e Eusébio Macário, Camilo Castelo Branco, cego e impossibilitado de escrever, suicidou-se com um tiro de revólver a 1 de Junho de 1890.


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